Um ovo de Páscoa envenenado resultou na morte de uma criança de 7 anos em Imperatriz, Maranhão. O laudo do Instituto de Criminalística, divulgado nesta quarta-feira (30), confirmou a presença de chumbinho, um veneno proibido e altamente letal, no doce consumido pela família.
Entrega fatal
No dia 16 de abril, um ovo de Páscoa foi entregue à residência de Mirian Lira, acompanhado de um bilhete:
“Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa”.
Após o consumo do chocolate, Mirian e seus dois filhos, Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7, passaram mal.
Luís Fernando não resistiu e faleceu; Evelyn também morreu posteriormente. Mirian foi hospitalizada em estado grave, mas sobreviveu.
Investigação e prisão
As investigações apontaram Jordélia Pereira Barbosa, ex-companheira do atual namorado de Mirian, como suspeita. Imagens de câmeras de segurança mostraram Jordélia comprando o chocolate disfarçada com peruca e óculos escuros.
Ela foi presa preventivamente em Santa Inês, Maranhão, e será indiciada por duplo homicídio e tentativa de homicídio.
Motivação e evidências
A polícia acredita que o crime foi motivado por ciúmes e vingança, devido ao relacionamento recente entre Mirian e o ex-marido de Jordélia. Além do laudo confirmar a presença de chumbinho no ovo de Páscoa, a substância também foi detectada nos corpos das crianças e nos materiais apreendidos com a acusada.
Repercussão e desdobramentos
O caso gerou comoção em Imperatriz e levantou alertas sobre a segurança alimentar e a necessidade de vigilância em presentes recebidos.
A Delegacia de Homicídios de Imperatriz continua investigando o caso para esclarecer todos os detalhes e possíveis cúmplices.