Foto: Reprodução
As Corregedorias das Polícias Civil e Militar deflagraram, nesta segunda-feira (1º), uma operação para desarticular um grupo suspeito de furtar uma máquina de fazer cigarro de dentro da Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio. Entre os alvos de mandados de busca e apreensão estavam um policial militar, um policial civil e um empresário.
O desaparecimento da máquina, que pesa aproximadamente seis toneladas e é capaz de produzir 2.500 cigarros por segundo, aconteceu em fevereiro de 2023, semanas após o equipamento ter sido vendido em leilão promovido pelo poder público.
►Leia mais notícias sobre Rio de Janeiro aqui
O caso é investigado pela Corregedoria da Polícia Civil desde novembro de 2023. Mais de 50 agentes que trabalhavam na Cidade da Polícia no dia do furto já foram ouvidos, mas nenhum deles teria presenciado a retirada do maquinário do galpão onde estava.
Contudo, as investigações apontaram para a possível participação do policial militar, do policial civil e do empresário no crime. A máquina teria sido levada para Cuiabá, capital do Mato Grosso, em um caminhão escoltado por uma viatura da Polícia Civil.
►Leia mais notícias sobre Rio de Janeiro aqui
O maquinário foi apreendido em novembro de 2022 durante uma ação que fechou uma fábrica ilegal de cigarros em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A produção era feita por 23 imigrantes do Paraguai mantidos em situação análoga à escravidão.
Dessa forma, após a ação, a máquina foi levada para o depósito da Polícia Civil e, por determinação da 3ª Vara do Trabalho de Caxias, foi posta à venda em leilão. Assim, o furto só foi descoberto em junho, quatro meses depois do crime, quando um oficial de justiça tentou verificar a situação do equipamento.
►Leia mais notícias sobre Rio de Janeiro aqui
Um maquinário semelhante ao furtado foi encontrado no dia 22 de março no Mercado São Sebastião, na Penha, Zona Norte do Rio. A máquina estava escondida debaixo de uma lona e será periciada para verificar se é a mesma que foi levada da Cidade da Polícia.
Enfim, os proprietários do galpão onde o equipamento foi encontrado apresentaram nota fiscal e negam que se trata da máquina furtada. Assim, a investigação segue em curso para determinar a identidade dos responsáveis pelo crime e o paradeiro do maquinário original.
