Operação policial em São Gonçalo deixa dois mortos | Reprodução/PMERJ

As comunidades do Complexo do Salgueiro e Jardim Catarina, em São Gonçalo, se tornaram palco de uma operação policial que interrompeu a rotina dos moradores, bem como trouxe o temor habitual das zonas de conflito urbano. Realizada pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) e coordenada pelo 4° Comando de Policiamento de Área (CPA), a ação começou por volta das 7h. Porém, rapidamente evoluiu para um cenário de violência e tensão.

Conforme o planejamento estratégico, a operação contou com a participação de equipes do Grupamento de Ações Táticas (GAT) dos batalhões 7º, 12º e 35º. Assim sendo, os policiais se deslocaram para as áreas visadas em busca de suspeitos ligados ao tráfico de drogas. O objetivo: desarticular pontos de criminalidade que desafiam as forças de segurança na região.

Ao adentrarem as comunidades, os policiais foram recebidos a tiros. Em seguida, teve início um confronto bélico com indivíduos fortemente armados. A troca de tiros ecoou pelas ruas e travessas do Salgueiro e Jardim Catarina, espalhando o pânico entre os moradores que, mais uma vez, se viram presos em meio a um fogo cruzado.

Mortos e feridos

Segundo a PMERJ, dois criminosos que enfrentavam os policiais com fuzis morreram durante o confronto. Além disso, houve a prisão de outros dois marginais feridos na ação. Junto aos suspeitos, os policiais apreenderam dois fuzis Colt M4 calibre 556, armas de alto poder de fogo que evidenciam o nível de violência enfrentado na região. Enquanto isso as equipes da PM realizavam os procedimentos necessários para garantir a segurança e a continuidade da operação.

Operação policial em São Gonçalo deixa dois mortos ao passo que PM apreende fuzis e farta quantidade de drogas | Reprodução/PMERJ

A ação da PM, embora prevista dentro das operações rotineiras de combate ao tráfico, ressalta o constante estado de guerra que se desenrola em comunidades como o Complexo do Salgueiro e Jardim Catarina. Para os moradores, o medo e a incerteza tornam-se companheiros diários. Principalmente porque as promessas políticas de segurança pública sucumbem a cada dia, em meio à realidade dos confrontos frequentes.

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Enquanto a operação seguia, a sensação de vulnerabilidade permeava a atmosfera da comunidade. O barulho das sirenes, os disparos de armas de fogo e a presença maciça das forças de segurança serviram como um lembrete sombrio da violência enraizada naquelas ruas. Para muitos, a simples ida ao trabalho, à escola ou mesmo à padaria local, transformou-se numa tarefa perigosa.

A PM ainda não divulgou detalhes sobre a identidade dos suspeitos mortos. A investigação continuará, na tentativa de desmantelar as facções que controlam o tráfico de drogas na área. Para os moradores, resta esperar que a violência não seja a resposta definitiva para os desafios enfrentados diariamente.

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Esta operação consiste em mais um episódio na longa lista de confrontos entre as forças de segurança e o tráfico de drogas em São Gonçalo. Uma realidade que parece longe de ter um fim.

A apreensão de armas e a morte de suspeitos, embora representem uma vitória para a segurança pública, deixam um rastro de medo e incerteza. Afinal, para aqueles que chamam o Salgueiro e Jardim Catarina de lar, não há qualidade nem de vida tampouco certeza de sobrevivência.