Foto: Philippe Lima
Na manhã desta segunda-feira (9), uma operação policial foi realizada em três conjuntos de favelas do Rio de Janeiro com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão.
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A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Polícia Civil fluminense, José Renato Torres, durante uma entrevista. Essa ação faz parte da Operação Maré, anunciada pelo governo fluminense no final de setembro. Os policiais estão atuando nas comunidades da Cidade de Deus, Vila Cruzeiro (Complexo da Penha), Nova Holanda e Parque União (ambas no Complexo da Maré).
Facção criminosa é o alvo das ações
As comunidades mencionadas são controladas pelo Comando Vermelho, uma facção criminosa que, de acordo com a polícia, estaria envolvida na morte de três médicos na semana passada, na Barra da Tijuca. “Todos os integrantes dessa facção criminosa que têm mandados de prisão são alvos da operação”, explicou Torres.
“Hoje, especificamente, estamos focando nessa facção criminosa que está tentando expandir seu território e gerando conflito com outras organizações, trazendo insegurança para nossa segurança”.
Expansão da operação para outras áreas
A Operação Maré foi anunciada como uma resposta aos criminosos da própria Maré, que estavam utilizando um espaço público de lazer para treinar seus membros em táticas de guerrilha.
Segundo Torres, a operação desta terça-feira foi estendida para a Penha, também na zona norte, e para a Cidade de Deus, na zona oeste, devido a informações de que lideranças criminosas da Maré buscaram refúgio nessas áreas.
Não há feridos até o momento
O secretário de Polícia Civil informou que, até o momento da coletiva, por volta das 7h, ninguém havia sido ferido nas ações. No entanto, dois helicópteros da polícia foram atingidos e tiveram que pousar para verificar possíveis danos.
Ausência de agentes federais
Embora a Operação Maré tenha sido anunciada como uma ação conjunta com o governo federal, não há participação de agentes federais nas ações desta terça-feira.
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O secretário estadual de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, afirmou que, mesmo sem o envio da Força Nacional de Segurança, a Polícia Militar está conseguindo atuar nas três comunidades simultaneamente.
“Todo reforço é importante, não só para o Rio de Janeiro, mas para todos os estados do Brasil, mas nós temos capacidade e estamos atuando nas três comunidades. Essa questão está sendo resolvida entre o governo do estado e o governo federal”, disse.
Uso de tecnologia para reforçar a ação policial
Segundo Pires, todos os policiais militares estão utilizando câmeras corporais no Complexo da Maré. Além disso, drones com capacidade de realizar reconhecimento facial e leitura de placas de automóveis estão sendo empregados. As imagens estão sendo transmitidas, em tempo real, para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do governo do estado.
