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Operação da PF mira prefeito de Cabo Frio, deputado estadual e candidatos derrotados no RJ – Vídeo

Operação da PF mira prefeito de Cabo Frio, deputado estadual e candidato derrotado no estado do Rio de Janeiro

Operação da PF mira prefeito de Cabo Frio, deputado estadual e candidato derrotado no estado do Rio de Janeiro | Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) entrou em cena desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (16) para cumprir dez mandados de busca e apreensão na segunda fase da Operação Teatro Invisível. Estão na mira dos agentes, políticos envolvidos em um dos maiores escândalos eleitorais do estado do Rio, assim como colaboradores e empresas.

Os principais atores da peça se tratam de personalidades influentes na política fluminense. Principalmente, o prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho (PL). Além dele, seu correligionário, o deputado estadual Valdecy da Saúde (PL), que concorreu à prefeitura de São João de Meriti, mas perdeu a disputa.

Caso semelhante ao de Araão (PP), ex-prefeito e candidato derrotado em Mangaratiba, bem como de Rubão (Podemos), que teve o registro de candidatura à prefeitura de Itaguaí indeferido apesar de estar recorrendo ao STF por ter sido o mais votado.

Por fim, o ex-presidente do Instituto Rio Metrópole, Davi Perini  Vermelho, mais conhecido como Didê (PSDB). O verbo fraude faz parte de sua vida pública desde a pandemia da Covid-19, quando ele teria cometido atos de corrupção na na compra de respiradores.

A ação expõe uma engrenagem criminosa movida a mentiras, dinheiro sujo e influência política, conforme apontam as investigações da PF. Os três são suspeitos de operar um esquema que envolvia fake news, obstrução da Justiça, lavagem de dinheiro, caixa dois e fraudes em licitações para beneficiar campanhas eleitorais. Tudo arquitetado sob um manto de impunidade e silêncio.

Além dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 3,5 bilhões em contas ligadas aos investigados e a suspensão das atividades de oito empresas. As buscas ocorreram em endereços no Rio, Cabo Frio, Mangaratiba, Itaguaí e até Juiz de Fora, em Minas. Houve a apreensão de bens de alto valor, como carros de luxo.

Falcatruas?

Todavia, um dos principais motivos da segunda fase desta operação está relacionada à destruição de provas incriminadoras. Elas estariam  armazenadas, principalmente, em dispositivos digitais.

Operação da PF mira prefeito de Cabo Frio, deputado estadual e candidato derrotado no estado do Rio de Janeiro

Operação da PF mira prefeito de Cabo Frio, deputado estadual e candidato derrotado no estado do Rio de Janeiro | Divulgação/PF

Por outro lado, as investigações também revelaram que alguns investigados são donos de empresas que teriam fraudado licitações em quatro cidades do estado. As irregularidades ocorreram, de acordo com a PF, em Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba, e São João de Meriti.

“Há novas provas contundentes de atos de lavagem de dinheiro praticados de maneira sistemática pela organização criminosa. O esquema incluía transações ilegais por meio de contas de passagem, uso de dinheiro em espécie, empresas com vasta atividade econômica e a aquisição de bens de alto valor”, diz a Polícia Federal.

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As provas mais recentes revelam uma cadeia organizada de lavagem de dinheiro, com uso de contas de passagem, empresas laranjas, dinheiro vivo e a compra de bens de luxo.

Operação Teatro Invisível teve início em setembro de 2024

A primeira fase da operação ocorreu em setembro de 2024, mês que antecedia as eleições, realizadas em 6 de outubro. Na época, quatro pessoas foram presas preventivamente: Bernard Rodrigues Soares, Roberto Pinto dos Santos, André Luiz Chaves da Silva e Ricardo Henriques Patrício Barbosa.

Polícia Federal desarticula quadrilha de fake news eleitoral no Estado do Rio: esquema envolvia funcionários fantasmas e atores nas cidades de Araruama, Belford Roxo, Cabo Frio, Carapebus, Guapimirim, Itaguaí, Itatiaia, Mangaratiba, Miguel Pereira, Paracambi, Paraty, São João de Meriti e Saquarema

Polícia Federal realiza Operação Teatro Invisível II, contra quadrilha que supostamente estaria cometendo crimes eleitorais no Estado do Rio desde 2016 em 16 cidades | Divulgação/PF

Eles seriam, segundo a PF, operadores do esquema em campanhas em eleições desde 2016. A lista de crimes inclui, sobretudo, manipulação de eleitorado com notícias falsas, financiamento oculto de candidaturas e contratação de funcionários fantasmas e atores.

Assim sendo, o vultoso procedimento de corrupção teria ocorrido em 16 cidades fluminenses: Araruama, Belford Roxo, Cabo Frio, Carapebus, Guapimirim, Itaguaí, Itatiaia, Mangaratiba, Miguel Pereira, Paracambi, Paraty, São João de Meriti e Saquarema.

Caso condenados, os investigados podem amargar por mais de 27 anos de cadeia. Enquanto quem deve, teme, a PF segue nas ruas. De acordo com informações apuradas por nossa reportagem, este caso ainda não está encerrado pois ainda haveriam mais pessoas envolvidas no esquema. No entanto, o cerco está se fechando e quem ajudou esse pessoal nessas cidades já teme pela batida na porta às 6h da manhã a qualquer momento.

Contraditório

A reportagem do Folha do Leste tenta contato com as partes citadas para o devido contraditório, acima de tudo fundamental e necessário para o exercício do bom jornalismo. Portanto, este conteúdo pode ter atualização a qualquer momento, com as versões das partes citadas.

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