Uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a concessionária de energia Light resultou na prisão de oito comerciantes em São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro, na quarta-feira (25). A ação foi desencadeada a partir de investigações do setor de inteligência da polícia, que identificou práticas ilegais de desvio de energia elétrica na região.
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Durante a operação, técnicos da Light e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) confirmaram a existência de fraudes em vários estabelecimentos na Rua Visconde de Niterói, próximo à Mangueira. As autoridades informaram que todas as ligações clandestinas foram desfeitas, cortando o fornecimento irregular.
Além das ações em São Cristóvão, um “gato” foi encontrado em um restaurante na Rua Buenos Aires, no Centro do Rio. Segundo a Light, o desvio de energia estava sendo praticado desde agosto, causando um prejuízo mensal de aproximadamente 9 MWh, o que equivale a R$ 11 mil em contas de luz. A Polícia Militar e agentes da 5ª DP (Mem de Sá) participaram da ação no local.
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Nos primeiros oito meses de 2024, a Light regularizou mais de 2,4 mil ligações clandestinas e normalizou cerca de 121 mil instalações irregulares em residências e comércios. No total, a concessionária recuperou 97 GWh de energia, o suficiente para abastecer cerca de 40 mil residências por um ano.
Mesmo com os esforços, a Light estima que o prejuízo anual causado pelo furto de energia elétrica seja de cerca de R$ 800 milhões. De acordo com a concessionária, a cada 100 clientes, 34 realizam furtos de energia. No ano passado, mais de 610 mil locais foram inspecionados na tentativa de combater essa prática ilegal.
A Light relembra que o furto de energia é considerado crime pelo artigo 155 do Código Penal, com penas que podem chegar a até oito anos de prisão. Além de ilegal, essa prática traz riscos significativos, como falta de energia, acidentes e até incêndios causados por ligações irregulares e precárias.