Operação Asfixia prende 12 e corta rota da Maré para Petrópolis

Core e Gaeco atuaram no Parque União; 18 mandados cumpridos e 12 presos na Operação Asfixia | IA Folha do Leste
A Polícia Civil e o Ministério Público deflagraram, nesta quinta (2), a segunda fase da Operação Asfixia. A ação partiu de diligências no Complexo da Maré, nas localidades Parque União e Nova Holanda. Em seguida, a força-tarefa seguiu para Petrópolis.
A equipe está nas ruas para cumprir 18 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Além disso, a decisão do Poder Judiciário determinou o bloqueio de cerca de R$ 700 mil em bens da facção.
A força usou blindados e pelo menos dois helicópteros para a operação no Complexo da Maré. Como de costume, as equipes foram recebidas a tiros ao entrarem no Parque União, assim como na Nova Holanda.
Moradores relatam intensos tiroteios desde a madrugada. Duas escolas estaduais suspenderam aulas na área. Entretanto, as vias expressas não sofreram interdição. Até porque o Batalhão de Policiamento em Vias Expressas da Polícia Militar (BPVE) reforçou patrulhamento na Avenida Brasil, e nas Linhas Vermelha e Amarela.
Até então, já há 12 pessoas presas.
X-9 na PM e braço na Prefeitura de Petrópolis
Entre os detidos, a Corregedoria da PM prendeu o 2º sargento Bruno da Cruz Souza, lotado no Batalhão de Mesquita. Logo depois, a corregedoria encaminhou o militar à Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói.
Os agentes também prenderam o assessor especial de Inteligência da Prefeitura de Petrópolis, Robson Esteves de Oliveira. O prefeito Hingo Hammes (PP) nomeou Robson em 01/01/2025 para o cargo Assessor Especial de Inteligência, cargo símbolo DAS-2.
Especificamente, Robson estava atuando na Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública.
Os presos feitos em Petrópolis seguiram para a 106ª DP, em Itaipava. A investigação identificou 55 envolvidos no esquema.
Conforme apuramos, o chefe do Comando Vermelho para a Região Serrana e o braço direito dele se abrigaram na Maré. Desse modo, eles coordenavam a logística de transporte de entorpecentes para a Região Serrana. Por isso, a operação concentrou-se em desarticular essa rota.
Agentes da Polícia Civil já deixaram o Complexo da Maré e, por ora, a ação segue em apuração pela nossa reportagem.