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Niterói: poluidor cruel joga lixo na Lagoa de Piratininga – VÍDEO

Um fato abominável e de extrema repugnância ocorreu na quinta-feira (2), na Região Oceânica de Niterói. A lagoa de Piratininga – e respectivo ecossistema – sofreram um inaceitável e infame ataque. Um sujeito vil, estacionou seu carro ao final da rua 116, próximo da Ciclovia Chico Xavier. Em seguida, desceu do veículo. Abriu o porta-malas, de onde tirou um saco azul de lixo. Logo depois, ele dá início à ação perversa.

 

Em ato de total desprezo à natureza e ao ambiente, este sujeito – que não merece sequer que o tratemos como homem, no sentido da etimologia da palavra – caminha em direção ao derradeiro local de sua infração. Ao passo que transpõe a ainda esparsa vegetação, que tenta se recompor, aproxima-se do espelho d’água. Imediatamente, arremessa o saco lotado de resíduos, no já frágil sistema lagunar. Com uma espantosa e natural frieza, agiu do mesmo modo que um assassino dispara um tiro contra uma criança indefesa.

Todavia, para o azar desse poluidor, sua boiada não passou em silêncio. Câmeras registraram toda ação do meliante. Coube ao Sr. Luiz, da Associação de Pescadores da Lagoa de Piratininga, a iniciativa de colocar seu barco na água e dar início a uma caça ao lixo.

Felizmente, o saco plástico acabou localizado. Ainda intacto, retirado da lagoa de Piratininga pelo Sr. Luiz. Ao ser aberta, constatou-se que a embalagem estava repleta de resíduos que, a princípio, moradores identificaram com objetos associados à símbolos religiosos da umbanda.

Há de se ressaltar que não houve, de parte de qualquer morador, nenhuma manifestação em desrespeito à mencionada religião. Entretanto, esta saga causou revolta em diversos moradores do bairro, em razão do atentado  cometido pelo suíno travestido de gente.

Repercussão

O próprio pescador Luiz, que resgatou o saco de lixo, lamentou o triste episódio.

“Temos que denunciar! Como é que o cara joga lixo na nossa lagoa, faz a nossa Lagoa de lixeira? Tem que jogar no quintal dele”, disse, indignado.

 

Outro morador ainda mais contrariado se trata de Gonzalo Perez Cuevas, presidente do Conselho Comunitário da Região Oceânica de Niterói (CCRON).

“Moro próximo ao local onde foi jogado o saco azul na lagoa e sempre tivemos problemas com a falta de civilidade. Além do lixo domestico, jogam moveis, restos de obra e animais, gatos, cachorros e até um porco grande, que foi difícil a CLIN retirar. Em todos o casos, há alternativas para o descarte. Os rios que chegam as lagoas são outra fonte de lixo. Educação!”, declarou.

Atentado à natureza

A Constituição Federal assegura a todos nós o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Trata-se, portanto, de bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. Assim sendo,  impõe-se não só ao Poder Público mas também à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. E nossa reportagem vai ao encontro deste preceito, previsto na Constituição Federal, em seu art. 225.

Só há um meio da natureza se defender de ações perversas como essa. Mediante fiscalização e punição de pessoas que desprezam o ambiente. 

Prefeitura de Niterói

Nossa reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Niterói para saber a posição do município sobre este fato. Também, para questionar quais providências poderiam ser adotadas pela Administração da Região Oceânica. E, ainda, indagamos o que o município pretendia fazer para identificar e responsabilizar o poluidor.

Em nota, recebemos a seguinte resposta: 

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) vai formalizar a denúncia junto à Polícia Civil por prática criminosa contra o meio ambiente.

A Administração da Região Oceânica afirma que tem colaborado com todas as ações de fiscalização e preservação dos patrimônios ambientais da região.

 

 

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