Niterói chegará a 455 anos com Rodrigo Neves no governo | Divulgação
A opção pela continuidade feita democraticamente pela população de Niterói nas eleições desse ano impõe, em contrapartida, desafios para Rodrigo Neves, que volta à Prefeitura de Niterói em 1º de janeiro para exercer seu terceiro mandato como governante da cidade pelos próximos quatro anos. O prefeito eleito governou Niterói entre 2013 e 2020, e em entrevista ao Folha do Leste, reconheceu que há questões públicas que precisam melhorar, apesar de Niterói ser a melhor cidade em qualidade de vida do estado do Rio de Janeiro. Para ele, o maior desafio está na Saúde. Entretanto, frisa que este “gargalo” existe em todos os municípios do Brasil, não se tratando de uma exclusividade de Niterói.
“Vamos criar os supercentros de saúde, exames e especialidades, e contratar mais médicos e laboratórios para melhorar o atendimento à população”, destacou.
Um dos supercentros a que se refere Rodrigo Neves será construído em Piratininga, na Região Oceânica.
“Vou desapropriar o hospital da Amil e criar o Centro Regional de Especialidades e Exames”, afirmou, citando como exemplo o Hospital Oceânico, montado em tempo recorde para socorrer vítimas da Covid-19.
Os demais equipamentos de saúde, segundo Rodrigo, serão implantados na Zona Norte, na Alameda São Bo- aventura, no Fonseca, bem como no Largo da Batalha.
“As pessoas vão conseguir fazer rapidamente os seus exame e ter consulta com especialista”.
Economia
O setor econômico de Niterói também aguarda com ansiedade as políticas prometidas por Rodrigo Neves para a cidade.
“Vamos fazer uma transição da economia da cidade, de uma economia do petróleo, dos royalties, para a economia do conhecimento, de serviços. Vamos ter o novo Cinema Icaraí, a nova Orla. E vamos transformar o Centro de Niterói em um novo hub de inovação. Essa cidade nos dá muito orgulho”.
Para as famílias que moram em comunidades, assim como em situação de vulnerabilidade, Rodrigo Neves vai colocar em prática o programa “Vida Nova no Morro”. Ajudará as famílias mais pobres ter moradias dignas, sobretudo com a construção de banheiros dentro de casa. Esta medida deve gerar um ciclo de obras nas comunidades, gerando empregos para os próprios moradores e fortalecendo a cadeia produtiva e econômica dos locais.
“Nós vamos fazer o reboco e pintar as casas. A comunidade vai ficar bonita e o povo vai ter mais conforto e vai ficar mais feliz”, disse Rodrigo.
Moeda Social Arariboia
Porém, a primeira medida que o novo prefeito pretende adotar em sua gestão se trata da mudança da lei da Moeda Social Arariboia. Principalmente porque o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) determinou a exclusão de diversos beneficiários, como mães atípicas e idosos que recebem o BPC.
“Se eventualmente algumas pessoas saíram por determinação do TCE, por conta da lei, eu quero dizer a vocês: eu vou mudar a lei. Minha primeira atitude nesse mandato vai ser incluir todas as mães atípicas, pessoas com deficiência, e idosos que recebem o BPC na Moeda Arariboia”, frisou Rodrigo.
Segundo Rodrigo, cerca de 10 mil famílias vão passar a ser abrangidas pela nova legislação. O prefeito eleito ainda pretende avançar com os projetos de sustentabilidade, como a expansão do NitBike, incentivo ao uso de ônibus elétricos e construção de VLT. Espera, ainda, contar com a ajuda do Senador Romário, para construção de uma clínica voltada ao atendimento de crianças com o Transtorno do Espectro Autista. Compromisso firmado entre ambos durante a campanha.
Na Câmara Municipal, o prefeito terá confortável governabilidade. Dos 21 parlamentares eleitos, pelo menos 14 pertencem à base do governo. Esse número pode aumentar ainda mais, caso haja a adesão de Michel Saad (Podemos), bem como de Professor Tulio (Psol) e Benny Briolly (Psol).
