
Morre médica da Marinha baleada na cabeça dentro de hospital | Reprodução
A capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil, Gisele Mendes de Souza e Mello, morreu na tarde desta terça-feira (10) após ser baleada na cabeça dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu durante uma operação policial nas comunidades do Complexo do Lins.
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Gisele participava de um evento no auditório da Escola de Saúde da Marinha quando foi atingida. Socorrida por colegas e levada ao centro cirúrgico, a militar não resistiu aos ferimentos. Ela era geriatra e superintendente do hospital onde ocorreu o disparo.
Marinha lamenta perda e presta apoio
Em nota, a Marinha do Brasil lamentou profundamente o ocorrido e se solidarizou com familiares e amigos da médica. “A Marinha está prestando todo o apoio necessário neste momento de grande dor e tristeza”, destacou o comunicado oficial.
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A vítima deixa dois filhos. Um deles, assessor da vereadora Monica Cunha (PSOL), presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara Municipal do Rio, recebeu a notícia no mesmo dia em que o outro filho completava 22 anos. Monica usou suas redes sociais para lamentar a tragédia.
“Hoje deveria ser um dia de felicidade. Mas não foi. Quantos mais precisarão sofrer?”, publicou.
Operação policial no Complexo do Lins
Segundo a Polícia Militar, agentes foram atacados por criminosos ao chegarem à comunidade do Gambá. Durante o confronto, a informação de que uma vítima havia sido ferida no hospital foi confirmada. Em resposta, o policiamento na região foi intensificado.
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A investigação do caso está sob responsabilidade da Marinha, que conta com o apoio da Polícia Civil. A corporação declarou que já se colocou à disposição para colaborar na apuração dos fatos.
Conselho de Medicina pede ação
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) lamentou profundamente a morte de Gisele Mendes. Em nota, o órgão destacou que o Hospital Naval Marcílio Dias é uma referência em atendimentos de baixa e alta complexidade, tornando o ocorrido ainda mais estarrecedor.
“O Conselho se solidariza com a família e os amigos da médica e pede celeridade na apuração do caso, responsabilização dos culpados e medidas eficazes para evitar que a violência urbana afete instituições de saúde”, pontuou a nota oficial.