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Ministro Alexandre de Moraes desativa conta na rede social X | Marcelo Camargo/Agência Brasil
A conta oficial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi desativada na rede social X nesta sexta-feira (21). Ao tentar acessar o perfil, a mensagem exibida é “Esta conta não existe”.
Poucas horas após a desativação, a assessoria do STF confirmou que a decisão partiu do próprio ministro. Segundo informações divulgadas, ele não publicava conteúdo no perfil desde janeiro de 2024.
A retirada da conta do ar ocorreu um dia após Alexandre de Moraes determinar que a empresa X realizasse o pagamento imediato de uma multa no valor de R$ 8,1 milhões. A penalidade havia sido aplicada em outubro do ano passado devido à não remoção do perfil do blogueiro Allan dos Santos.
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O X demorou a retirar o perfil do ar, mesmo após a decisão judicial. Após a remoção, a empresa afirmou que não poderia fornecer informações cadastrais da conta, pois não armazenava esses dados. O STF rejeitou os recursos apresentados pela plataforma.
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Ministro Alexandre de Moraes desativa conta na rede social X | Reprodução/X
Ao acessar o perfil de Allan dos Santos, atualmente, os usuários se deparam com a mensagem “Conta retida”. No caso de perfis desativados pelos próprios usuários, a plataforma exibe “Esta conta não existe”.
Conflito entre Moraes e Elon Musk
O ministro Alexandre de Moraes tem sido alvo de críticas frequentes do empresário Elon Musk, dono do X. Desde que adquiriu a rede social em 2022, Musk defende uma postura mais ampla de liberdade de expressão e tem reduzido a moderação de conteúdos que antes eram removidos.
Musk contesta publicamente decisões de Moraes, especialmente aquelas relacionadas à suspensão de perfis na plataforma. Ele também critica a atuação do ministro nos processos contra os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram os Três Poderes, em Brasília.
Em outubro do ano passado, Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X no Brasil devido ao descumprimento de ordens judiciais. A proibição foi revogada após a plataforma nomear um representante legal no país. Desde então, o embate entre o ministro e a empresa continua.