O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou, no sábado (30), o miliciano José Carlos Seixas Ladeira, conhecido como “Batata”, por associação criminosa e receptação qualificada. José Carlos, ligado ao grupo paramilitar Escritório do Crime, está foragido e é alvo de mandados de prisão e busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal da Regional de Jacarepaguá.
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A denúncia, baseada em investigações da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil, aponta que José Carlos participou de pelo menos cinco crimes de receptação e mantinha vínculos com o Escritório do Crime. Esse grupo, composto por policiais, ex-policiais e milicianos, é conhecido pela prática de homicídios sob encomenda e por operações ilegais.
A atuação de “Batata” envolvia roubo, adulteração de veículos e corrupção ativa e passiva, além de receptação qualificada. As investigações revelaram que o miliciano estava envolvido no comércio ilegal de carros roubados na Zona Oeste do Rio. Os relatórios também indicam que ele utilizava a rede de milicianos para viabilizar os crimes, ampliando a atuação do grupo criminoso na região.
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A receptação de veículos, em especial, era uma das práticas frequentes de José Carlos. Ele teria usado o poder da organização criminosa para negociar automóveis roubados, agravando a situação de segurança na região.
O Ministério Público intensificou as operações para capturar José Carlos, considerado uma figura central na estrutura do Escritório do Crime. A expedição de mandados busca localizar o paradeiro do foragido e interromper suas atividades.
Além disso, o Gaeco destaca que a receptação qualificada e os vínculos com o grupo paramilitar são evidências da periculosidade do acusado. A prisão de José Carlos é vista como fundamental para desarticular o esquema criminoso.