Merendeiras da Rede Municipal de Educação de Niterói iniciaram, nesta segunda-feira (29), uma greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica melhores condições salariais, além da mudança de nomenclatura para cozinheiras escolares.
Segundo o sindicato que representa a categoria (Sepe-Niterói), entre as reivindicações está a redução da jornada de trabalho para 30h, sem redução de salários, ponto considerado fundamental da mudança de nomenclatura.
O sindicato também convocou, para a próxima quarta-feira (31), uma paralisação de 24 horas para todos os profissionais da educação da rede municipal. Neste caso, a reivindicação é pelo reajuste salarial de 15,19% e correção da diferença salarial.
Município responde
Procuradas pela FOLHA DO LESTE, a Fundação e a Secretaria Municipal de Educação informaram que não há irregularidades no concurso, que foi realizado à época com a nomenclatura do cargo como “merendeira” e a carga horária de 40h semanais.
No último dia 25, o secretário Bira Marques esteve com representantes do sindicato e os informou sobre que a questão está em análise interna, para um estudo de impacto orçamentário sobre a reivindicação de redução de carga horária de 40 para 30 horas semanais.
Durante a reunião, foi anunciada a implementação do Programa de Reestruturação e Organização das Cozinhas Escolares, o PROCozinha. O projeto foi desenvolvido a partir da escuta das merendeiras e nas reivindicações do sindicato por melhores condições de trabalho.
A SME e a FME afirmaram que mantêm seu compromisso com a educação pública e a valorização profissional, e esclarece que continua aberta ao diálogo e negociação com os profissionais.
A SME informou ainda que o impacto da greve será percebido hoje conforme a adesão das merendeiras.
Rede estadual
Professores e funcionários administrativos da rede estadual de educação do Rio de Janeiro aprovaram, por unanimidade, uma greve por tempo indeterminado desde o dia 17 de maio. A decisão se deu em uma assembleia geral realizada no Clube Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio, na noite de 11 de maio.
A principal reivindicação da categoria é a implementação do piso nacional do magistério para os docentes. E o piso dos funcionários administrativos tendo como referência o salário mínimo nacional.
O sindicato aponta que o projeto do governo para incorporar o piso nacional do magistério não abrange todas as carreiras. Isso resultaria em reajustes apenas para salários inferiores ao piso. Segundo o Sepe, apenas 33% dos aposentados e 42% da ativa receberiam o reajuste.