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Menino morto com tiro na Penha será enterrado neste sábado

Menino morto com tiro na Penha será enterrado neste sábado

Menino morto com tiro na Penha será enterrado neste sábado | Fernando Frazão/Agencia Brasil

O menino de 4 anos, morto com um tiro na cabeça após uma discussão entre os pais no Morro da Fé, será enterrado na tarde deste sábado (14) no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. O velório está marcado para as 11h.

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O caso, que comoveu a população, está sob investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O objetivo é esclarecer as circunstâncias do crime e identificar os responsáveis pelo disparo fatal.

Dinâmica do crime

A criança estava dentro do carro com o pai quando foi atingida por um disparo efetuado por criminosos da região. Segundo André da Rosa Magno, pai do menino, a confusão começou durante uma briga com sua ex-mulher, Raquel Gomes Delgado.

Ele alega que ela teria acionado traficantes do local. Temendo pela própria vida, André tentou fugir com o filho, mas acabou atropelando um dos criminosos. Em retaliação, os traficantes atiraram contra o veículo, e um dos tiros atingiu a cabeça da criança.

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Raquel, por outro lado, nega ter chamado os traficantes. Ela afirma que foi até a casa do ex-marido para ver o filho, após dias sem contato. Segundo seu relato, o barulho da discussão atraiu os criminosos, que intervieram na situação. André então fugiu com o menino, mas os disparos acabaram sendo efetuados.

A criança foi socorrida e levada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos. O caso é tratado como prioridade pelas autoridades.

Contexto de violência crescente

Dados do Instituto Fogo Cruzado revelam que a criança é a 25ª vítima menor de idade baleada no Grande Rio em 2024. Esse número iguala o total de crianças atingidas por disparos em 2023 e em 2018, mesmo com o ano ainda em curso. Esses dados reforçam a gravidade da violência armada na região.

Histórico de conflitos familiares

A relação conturbada entre André e Raquel já havia gerado desdobramentos na Justiça. André foi condenado em 2022 a dois anos de prisão em regime aberto por lesão corporal gravíssima, após agredir um homem que entregava uma encomenda para Raquel.

Além disso, há registros de dois processos por violência doméstica contra André no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Ambos foram arquivados após desistências de Raquel. Em um dos casos, ocorrido em 2020, ela relatou agressões enquanto estava grávida de oito meses, mas posteriormente informou não necessitar mais das medidas protetivas.

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Em outro episódio, em 2022, Raquel comunicou à Defensoria Pública que não tinha interesse em prosseguir com o processo, pois havia retomado o relacionamento com André. Esse histórico de conflitos amplia o debate sobre os impactos da violência doméstica em relações familiares e suas consequências trágicas.

Investigações em andamento

A DHC segue apurando os fatos para identificar os responsáveis pelos disparos. As investigações também buscam determinar a participação de André e Raquel no episódio. Testemunhas estão sendo ouvidas, e câmeras de segurança da região estão sendo analisadas para esclarecer os detalhes do crime.

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