A demolição de imóveis de luxo construídos irregularmente pelo tráfico no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, impacta diretamente a educação na região, com escolas fechadas e alunos sem aulas. Nesta segunda-feira (26), a operação policial, que já dura oito dias consecutivos, levou ao fechamento de duas escolas estaduais e 24 municipais, afetando cerca de 9 mil alunos.
Desde a última segunda-feira (19), as aulas no Ciep 326 – César Pernetta e no Colégio Estadual Professor João Borges de Moraes estão suspensas. A rede municipal também foi prejudicada, com escolas fechadas por três dias consecutivos e funcionando em horários alternados nos dias seguintes.
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As secretarias de Educação do estado e do município monitoram diariamente as condições de segurança para decidir sobre a reabertura das escolas, seguindo o protocolo Acesso Mais Seguro, em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Enquanto isso, a Prefeitura avança na demolição dos prédios irregulares, com 32 imóveis já descaracterizados e 162 apartamentos afetados. No domingo (25), a Polícia Militar apreendeu uma tonelada de maconha escondida nos dutos de ar de uma escola municipal na Nova Holanda, resultando em um prejuízo de R$ 1 milhão para o tráfico.
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Os moradores da Maré protestaram na sexta-feira (23) contra as demolições, alegando que os imóveis são propriedades legítimas da população e não do tráfico. Mais de mil pessoas bloquearam a Avenida Brigadeiro Trompowski com faixas pedindo paz. No sábado (24), a Secretaria de Habitação iniciou o cadastramento de 40 unidades no Parque União para verificar o direito ao Auxílio Habitacional Temporário.
As investigações da Polícia Civil revelam que o Parque União tem sido utilizado por anos para lavar dinheiro do tráfico através da construção de empreendimentos. Imóveis de luxo, avaliados em milhões, foram encontrados, incluindo coberturas com acabamentos luxuosos e áreas de lazer sofisticadas.