Por Simone Canuto Edição: Angélica Carvalho
A Mangueira já tem seu hino para o Carnaval de 2024, meu povo! E pode se preparar para sambar muito, porque o enredo é uma homenagem à nossa diva Alcione, “A Negra Voz do Amanhã”. Os responsáveis por essa obra-prima são os geniais Guilherme Estevão e Annik Salmon.
O concurso da Verde e Rosa foi acirrado, com 24 sambas inscritos! É muita emoção, é muita paixão pelo carnaval! E a parceria de Lequinho, Junior Fionda, Gabriel Machado, Fadico, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim levou a melhor, sagrando-se campeã! Não à toa, a presidente Guanayra Firmino está radiante com a credibilidade da disputa e de sua administração. Isso mostra que a comunidade confia no enredo escolhido por ela!
Parcerias finalistas
Mas não acabou por aí, minha gente! Mais duas obras incríveis chegaram à final desse concurso empolgante. Temos a parceria de Thiago Meiners, Beto Savanna, Indio da Mangueira, Michel Pedroza, Wilson Mineiro e Julio Alves arrasando nos versos. E também temos a parceria de Moacyr Luz, Pedro Terra, Gustavo Louzada, Karinah, Compadre Xico e Valtinho Botafogo botando pra quebrar! Eles deixaram a galera extasiada com sua criatividade e talento.
Festança
E, claro, a festa não poderia ser menos do que grandiosa, pois tivemos as ilustres presenças do presidente da Liga Independente das Escolas de Samba, Jorge Perligeiro, e do ex-presidente da Mangueira e atual Diretor de Carnaval da entidade, Elmo José dos Santos. Foi uma verdadeira celebração da cultura e da música brasileira, regada a muita alegria e samba no pé.
Então, se preparem para o Carnaval de 2024, minha gente! A verde-e-rosa Mangueira vai incendiar a avenida com sua energia contagiante e, sobretudo, com a diva Alcione. Desse modo, não tem como ficar parada diante de tanto talento e animação! Vamos todos nos render à magia desse desfile e fazer do próximo carnaval um verdadeiro espetáculo!
“A Negra Voz do Amanhã”
Compositores: Lequinho, Junior Fionda, Gabriel Machado, Fadico, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim
Intérprete: Marquinho Art’ Samba e Dowglas Diniz
Xangô chama Iansã
Que a voz do amanhã já bradou no Maranhão
Tambor de Mina, Encantados a girar
O divino no altar, a filha de toda fé
Sob as bênçãos de Maria, batizada Nazareth
Quis o destino quando o tempo foi maestro
Soprar a vida aos pés do velho cajueiro
Guardar no peito a saudade de mainha
Do reisado a ladainha, São Luís o seu terreiro
Ê bumba meu boi! Ê boi de tradição!
Tem que respeitar Maracanã que faz tremer o chão
Toca tambor de crioula, firma no batuquejê
Ô pequena feita pra vencer
Vem brilhar no Rio Antigo, mostra seu poder de fato
Fina flor que não se cheira não aceita desacato
Vai provar que o samba é primo do jazz
Falar de amor como ninguém faz
Nas horas incertas, curar dissabores
Feito uma loba impor seus valores
E seja o pilar da esperança
Das rosas que nascem no morro da gente
Sambando, tocando e cantando
Se encontram passado, futuro e presente
Mangueira! De Neuma e Zica
Dos versos de Hélio que honraram meu nome
Levo a arte como dom
Um Brasil em tom marrom que herdei de Alcione
Ela é Odara, deusa da canção
Negra voz, orgulho da nação
Meu Palácio tem rainha e não é uma qualquer
Arreda homem que aí vem mulher
Verde e rosa dinastia pra honrar meus ancestrais
Aqui o samba não morrerá jamais