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Mais de cem niteroienses são diplomadas em programas de empreendedorismo

Foto: Prefeitura de Niterói

O Programa Mulher Líder, iniciativa da Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim), realizou a formatura de 124 mulheres que passaram pelas mentorias individuais do Sororidade Conecta. O evento ocorreu no auditório do Caminho Niemeyer, que ficou lotado, com todas vestidas de branco.

O Sororidade Conecta é um projeto que nasceu da parceria com o Grupo Somos Empreendedoras e que oferece workshops com orientação em gestão financeira, marketing, entre outros temas, além da mentoria realizada por 33 empresárias voluntárias.As aulas dão o apoio necessário para que essas mulheres consigam colocar em prática seus negócios.
Ex-aluna dos dois projetos, Macilene Nicolino, de 48 anos, participou da formatura já como microempreendedora: ela agora é dona da marca de óculos de sol La Luxo, que foi planejada com ajuda das professoras do Mulher Líder e Sororidade Conecta.

“Eu sempre vendi prata e roupas por conta própria. Me via como vendedora, mas o Mulher Líder mostrou que posso ser mais. Hoje tenho meu CNPJ e melhorei a qualidade dos meus produtos. Aprendi como posicionar minha marca e trabalhar imagens e redes. As pessoas já me reconhecem como empresária’, conta Macilene, que mora no Badu e é mãe de dois filhos, de 24 e 28 anos, que atuam com ela no negócio.

O Mulher Líder integra estratégia da Codim no enfrentamento às violências contra as mulheres, trabalhando a autonomia econômica dessas pessoas. O programa é aberto a todas as mulheres de Niterói que desejam se aperfeiçoar em seus negócios ou que querem começar a empreender através da capacitação. Há, no entanto, reserva de vagas para as usuárias do Centro Especializado de Atendimento à Mulher Neuza Santos (Ceam) que passaram por situação de violência ou vivem nessa condição.
Patrícia Moura Garcia, de 50 anos, foi uma das formandas que chegou ao programa através do Ceam. Ela trabalha como cuidadora de idosos, mas quer investir, aplicando os ensinamentos do curso, numa equipe multidisciplinar para atender essa demanda.

“Quando você passa por uma situação de violência, você perde o chão. Mas, quando cheguei aqui, conheci outras mulheres que passaram pelo mesmo e que hoje estão felizes e fazendo o que gostam. Vi que nós mulheres somos capazes. Através do empreendedorismo, estou mudando a minha vida: sou cuidadora de idosos, vou começar o curso técnico em enfermagem e quero ter minha equipe de atendentes”, diz Patrícia, mãe de uma filha e avó de duas crianças e que destaca as aulas de inteligência emocional do projeto.

 

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