Estado do Rio de Janeiro

Máfia que controlava cantinas em presídios do estado do Rio de Janeiro é alvo de operação do MPRJ

Máfia que controlava cantinas em presídios do estado do Rio de Janeiro é alvo de operação do MPRJ

Máfia que controlava cantinas em presídios do estado do Rio de Janeiro é alvo de operação do MPRJ | reprodução

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO) estão na rua nesta terça-feira (12). Eles deflagram uma operação de peso para desmantelar a máfia que controla as cantinas dos presídios cariocas. A ação, conhecida como Operação Snack Time, ataca uma rede de influência que fatura alto vendendo produtos dentro das cadeias.

No rastro das investigações, a Justiça autorizou o GAECO/MPRJ a cumprir mandados de busca e apreensão em quatro localidades da capital fluminense. Assim sendo, os endereços dos alvos  ficam em Copacabana, Barra da Tijuca, Sepetiba e Bangu. A tropa da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, braço de apoio operacional do MPRJ, entra em cena com mandados na mão. Na mira, estão alvos da alta patente do esquema, que envolveria, ainda, advogados supostamente de plantão para as causas dos presos.

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O esquema, que data de 2019, tinha o plano todo arquitetado. Com suposta conivência de funcionários da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), empresas ligadas ao crime estariam monopolizando o comércio das cantinas penitenciárias. Mesmo após a suspensão oficial do serviço, a quadrilha teria acionado a tropa de choque: advogados com acesso direto aos presos foram designados para abrir ações que forçassem o retorno das vendas nas cantinas, como se fosse uma demanda legítima dos detentos.

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A jogada jurídica se revelava através de procurações assinadas por presos que, mais tarde, em depoimento, declararam que nem sabiam o que estavam assinando. Segundo o MPRJ, esses advogados visavam garantir um mercado onde os preços eram tão altos quanto os muros das penitenciárias. Em suma, essa trapaça segundo o GAECO, deixou um rombo de R$ 25.246.970,71 nos cofres do estado.

As apurações do MPRJ e da Subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário (SSISPEN) seguem, com mais desdobramentos previstos. nesse sentido, a Justiça já calcula o impacto nos contratos fraudados. Enquanto isso, promotores afirmam que a máfia das cantinas pode estar só no começo de um escândalo mais profundo.

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