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Mãe em desespero procura filho trans desaparecido em Niterói há 4 anos

Brunner, desaparecido há quatro anos. Foto: Acervo Familiar

Quatro anos de agonia. Esta é a vida de Noemia Rodrigues de Moraes, moradora de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Seu filho, Brunner Moraes, desapareceu em 2018, quando foi visto pela última vez em Niterói.

Nascido Bárbara Vitória Rodrigues de Moraes, Brunner estava em Niterói, no mês de dezembro de 2018, acompanhado de sua então namorada, na Praça da Cantareira, tradicional reduto boêmio da cidade.

De acordo com o relato da mãe, a então companheira disse que Brunner teria ido comprar cocaína, em local desconhecido, desde então, nunca mais foi visto.

Noemia confirmou que Brunner é dependente químico e que eles tiveram desentendimentos, mas, na época do desaparecimento, o relacionamento entre mãe e filho era bom.

Falta de respostas

Durante quatro meses, a mãe tentou, por conta própria, descobrir o paradeiro de Brunner. Sem sucesso, registrou o caso na 125ª DP (São Pedro da Aldeia), em abril de 2019. Contudo, em quatro anos de investigação, a mãe não recebeu nenhuma resposta.

“A polícia não fez nada. Cheguei a ir duas vezes a São Paulo, na cracolândia, mas não o encontrei. Disseram que ele estava preso no [Presídio Talavera] Bruce, no Rio de Janeiro. Fui lá com advogado, mas não achei”, declarou a mãe.

“Meu filho está vivo”

Em meio ao desespero por não saber notícias de Brunner, Noemia tenta levar uma vida normal, ao lado de seus outros quatro filhos. Joseane Rodrigues de Moraes é professora e nutricionista, Pedro Willian Rodrigues de Moraes é produtor, Antonio Henrique Rodrigues de Moraes é barbeiro e Maria Rafaella Rodrigues de Moraes é estudante.

“É difícil aceitar todas as coisas dos filhos, mas eu tenho certeza que meu filho está vivo. Meu coração diz isso. Tenho mais quatro filhos, sou pai e mãe. Não sei mais a quem recorrer”, suplicou, em lágrimas.

 

Resposta padrão da polícia

A reportagem perguntou à Polícia Civil sobre o andamento das investigações. As investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), para onde o caso foi encaminhado. Agentes realizam diligências para localizá-lo.

Quem tiver informações que ajudem a descobrir o paradeiro de Brunner, pode entrar em contato com o WhatsApp da FOLHA DO LESTE, pelo número (21) 99623-4499, ou com o Disque Denúncia, no telefone (21) 2253-1177.

Representação na arte

Naturalmente delicada, a relação entre mães, pais e filhos transexuais ganham força cada vez mais nas discussões sociais atuais. E o tema também tem ganhado atenção nas artes cênicas.

Um dos casos é o filme “Avenida Beira-Mar”, cuja história se passa toda em Piratininga, está sendo gravado na bela praia homônima, na Região Oceânica de Niterói.

As atrizes Andrea Beltrão e Isabel Teixeira interpretam as mães de duas crianças, numa trama que promete entregar muita emoção e provocar uma reflexão social muito necessária.

Mika é uma menina transgênero, ou seja, nasceu menino, mas se identifica como menina. Já Rebeca é cisgênero, nasceu menina e se identifica como menina.

No filme, as crianças estão na faixa dos 11, 12 anos de idade e não enxergam toda a maldade que existe no mundo em volta das questões de gênero.

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