Foto: John Macdougall – AFP
A esperada trégua entre as forças israelenses e o Hamas na Faixa de Gaza foi adiada devido a questões de “última hora” relacionadas à libertação dos reféns, conforme revelado por uma fonte palestina à AFP nesta quinta-feira (23). A previsão inicial era de que a pausa nos confrontos começasse às 10h de hoje, no entanto, fontes israelenses agora apontam que a trégua pode ser iniciada a partir de sexta-feira (24). Segundo a fonte, o Catar, em coordenação com os egípcios e americanos, deverá anunciar o momento exato do início da trégua nas próximas horas.
Na quarta-feira (22), as listas com os nomes dos prisioneiros dos dois lados foram trocadas pelos mediadores do Catar e do Egito. De acordo com a fonte palestina, o Hamas deve libertar 10 mulheres e crianças reféns menores de 19 anos, enquanto 30 prisioneiros palestinos também serão soltos. O acordo para a trégua inclui a suspensão dos combates em toda a Faixa de Gaza e a restrição dos voos da aviação israelense na região norte.
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O motivo do adiamento, segundo a fonte, são detalhes importantes relacionados aos nomes dos reféns israelenses e às condições de sua entrega. Inicialmente, foi proposto que os reféns fossem entregues à Cruz Vermelha, que os levaria até o Egito, na fronteira com Gaza, antes que fossem entregues às autoridades israelenses.
Porém, depois surgiu a sugestão de que representantes da Cruz Vermelha realizassem visitas médicas para verificar a saúde dos reféns antes da entrega. Além disso, os mesmos funcionários também fariam visitas a outros reféns para verificar seu estado de saúde.
Os mediadores do Catar, do Egito e dos Estados Unidos serão responsáveis por supervisionar a implantação do acordo e tomar notas de qualquer violação. Eles são os garantidores da aplicação da trégua e das negociações para alcançá-la, conforme afirmou o funcionário palestino. O Catar informou que as negociações estão progredindo de maneira positiva e que o acordo será implementado nas próximas horas.
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O conflito entre Israel e o Hamas teve início em 7 de outubro, quando o movimento palestino lançou um ataque sem precedentes ao território israelense a partir de Gaza. Autoridades israelenses relatam que pelo menos 1.200 pessoas, a maioria civis, foram mortas e aproximadamente 240 foram sequestradas e levadas como reféns em Gaza.
Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e iniciou uma campanha incessante de bombardeios contra a Faixa de Gaza. Desde o final de outubro, o Exército israelense também está realizando uma ofensiva terrestre nessa região. Segundo o governo do Hamas, mais de 14.000 pessoas morreram nos ataques israelenses contra Gaza desde o início do conflito, das quais mais de 5.800 eram menores de idade.
