
Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF | Rafael Ribeiro/CBF
A presidência da CBF sofreu nova mudança após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A Justiça afastou Ednaldo Rodrigues da liderança da Confederação Brasileira de Futebol, em decisão proferida pelo desembargador Gabriel Zefiro, nesta quinta-feira (15). A medida foi tomada com base em dúvidas sobre a validade de um acordo anterior que mantinha Ednaldo no cargo.
Com o afastamento, o vice-presidente Fernando Sarney assume a função de interventor. Ele ficou responsável por convocar uma nova eleição “o mais rápido possível”, conforme determinado na decisão judicial. Essa é a segunda vez que Ednaldo é retirado do cargo pelo TJ-RJ.
STF não impediu, mas pediu apuração
Apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter negado o afastamento de Ednaldo em decisão anterior, o ministro Gilmar Mendes solicitou a apuração urgente dos fatos. O pedido de investigação foi feito após a apresentação de petições que apontam para possível falsificação de assinatura no acordo que manteve Ednaldo no comando da CBF.
A assinatura em questão é atribuída ao ex-presidente da entidade, Coronel Nunes. Ele teria assinado um documento que homologava a permanência de Ednaldo na presidência da CBF.
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No entanto, perícias indicaram possíveis irregularidades na assinatura e questionaram a capacidade cognitiva do ex-dirigente no momento do acordo.
Denúncias e investigações aceleram decisão
A Comissão de Ética da CBF recebeu uma denúncia contra Ednaldo na semana anterior à decisão judicial. O documento foi encaminhado pela deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), que também acionou o STF.
Ela solicitou o afastamento imediato do dirigente e revisão do acordo firmado em fevereiro, que havia encerrado uma ação sobre o processo eleitoral da confederação.
A parlamentar anexou às petições um laudo que aponta problemas na assinatura de Coronel Nunes, bem como um parecer médico sobre sua condição cognitiva.
A audiência com Nunes, marcada para segunda-feira (12), foi cancelada devido a problemas de saúde. Mesmo sem o depoimento, o desembargador decidiu pelo afastamento.