Internacional

Japoneses enfrentam dificuldades para obter suprimentos após terremotos

Japoneses enfrentam dificuldades para obter suprimentos após terremotos

Foto: Kazuhiro Nogi – AFP

Nesta terça-feira (2), um grande número de moradores da pequena cidade de Shika, no Japão, aguardava pacientemente em frente à prefeitura local para receber a sua cota de seis litros de água, após o terrível terremoto que atingiu o país na segunda-feira (1º).

Tsugumasa Mihara, residente de Shika, relata que nunca vivenciou uma situação tão desesperadora. Ele foi acordado pelo “forte tremor” de segunda-feira às 16h10 (horário local). Sentindo-se impotente, tudo o que pôde fazer foi rezar para que o pesadelo terminasse rapidamente, conforme disse à AFP.

Ao todo, aproximadamente 150 tremores foram registrados entre a tarde de segunda-feira e a manhã de terça-feira no Japão. O mais poderoso atingiu a magnitude de 7,6, de acordo com a agência meteorológica japonesa JMA.

“Leia mais notícias Internacionais aqui”

Os estragos na casa de Tsugumasa Mihara foram leves, com apenas alguns pratos quebrados na cozinha. Ao contrário de muitos outros moradores, ele ainda possui eletricidade. Porém, o grande problema reside no abastecimento de água, pois a rede potável de Shika, assim como a de várias outras cidades da península de Noto, foi danificada pelo tremor.

Muitos outros moradores da região não tiveram a mesma sorte. Várias construções desabaram após o terremoto, resultando em um total provisório de 48 mortos, conforme o balanço divulgado na terça-feira.

Em Wajima, cidade costeira localizada 60 km ao norte de Shika, um bairro inteiro composto por casas de madeira foi consumido pelo fogo. A península de Noto, onde essas cidades estão situadas, enfrenta dificuldades no acesso aos serviços de emergência devido às estradas danificadas, colapsadas ou obstruídas por deslizamentos de terra.

“Leia mais notícias Internacionais aqui”

Os moradores da região também enfrentam dificuldades para abastecerem-se, pois alguns supermercados estão fechados por falta de suprimentos.

“Estamos fechados hoje. Estamos saindo do local”, informa um aviso na entrada de uma dessas lojas.

Em alguns pontos, equipes trabalham para reparar as rachaduras nas ruas a fim de facilitar a passagem de bombeiros, do Exército – chamado como reforço – e da polícia.

“Água é essencial, precisamos dela. Eventos como esse nos lembram disso”, diz Yuko, uma mulher de 58 anos em frente à prefeitura de Shika.

Akiko, uma mulher de 46 anos que estava visitando seus pais em Wajima junto com seus filhos para comemorar a virada do ano, afirma que esta forma como 2024 começou ficará marcada em sua memória para sempre. Desde o terremoto, toda a família tem dormido do lado de fora da casa de madeira inclinada dos pais. Ela não pode voltar para sua residência no momento devido ao bloqueio das estradas, mas mantém-se positiva. “Agora que já vimos o pior, precisamos seguir em frente”, declara.

 

Itaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da SerrinhaItaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da Serrinha

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *