
Foto: Alan Santos – PR
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informou que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, movimentou R$ 3,2 milhões entre julho de 2022 e janeiro de 2023. O Coaf classifica os valores em questão como “incompatíveis” com o patrimônio do tenente-coronel.
As operações financeiras feitas por Cid dividiram-se da seguinte maneira: R$ 1,4 milhão em movimentações de débito e R$ 1,8 milhão em crédito. Ele recebe um salário bruto de R$ 26.239 mil por ser um militar da ativa.
No dia 12 de janeiro deste ano, por exemplo, o tenente-coronel enviou recursos no valor de R$ 367.374 aos Estados Unidos. A data em questão coincide com o período que tanto Cid como Bolsonaro estavam no território norte-americano.
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Mauro Cid, 44 anos, é natural de Niterói (RJ). Ele tem mais de 20 anos de Exército e concluiu a Academia Militar das Agulhas Negras em 2000, além de realizar diversos cursos da carreira militar. Seu objetivo era se tornar general, assim como seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid.
Lourena Cid foi um colega de Jair Bolsonaro nas turmas de cadetes da Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), em Resende, na década de 1970.
No dia 3 de maio, o tenente-coronel foi preso pela PF suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A corporação investiga a possibilidade da falsificação das carteiras de vacinação de Bolsonaro, sua filha Laura, Mauro Cid, a esposa e a filha.
Mauro Cid compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no último dia 11 de julho, mas não respondeu a qualquer tipo de questionamento.
A investigação sobre as movimentações financeiras suspeitas de Mauro Cid está em andamento.
Com informações do IG.