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Influenciadoras respondem na Justiça por injúria racial contra crianças em São Gonçalo

Influenciadoras respondem na Justiça por injúria racial contra crianças em São Gonçalo | Reprodução

O julgamento das influenciadoras Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves, acusadas de injúria racial, tem início nesta quinta-feira (13). As acusações surgiram após a publicação de vídeos em redes sociais, nos quais mãe e filha entregam bananas e um macaco de pelúcia para crianças negras.

Audiência e Acusações

A audiência acontece às 13h40, na 1ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, no Colubandê, Leste Fluminense. Durante o julgamento, serão ouvidas as acusadas, a mãe de uma das crianças e seis testemunhas — cinco de acusação e uma de defesa.

As influenciadoras se tornaram rés em janeiro de 2024, quando a Justiça concluiu que as ações delas atingiram a dignidade das vítimas, com possível busca por promoção pessoal e social.

Detalhes do Caso

O episódio ganhou repercussão em maio de 2023, após a advogada Fayda Belo, especialista em direito antidiscriminatório, denunciar o caso nas redes sociais. Ela classificou a atitude de “racismo recreativo”, prática em que a discriminação é mascarada como humor.

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Nos vídeos gravados em São Gonçalo, Kérollen e Nancy abordavam crianças, oferecendo a escolha entre um presente ou dinheiro. Em dois registros, quando crianças negras optaram pelo presente, receberam, respectivamente, uma banana e um macaco de pelúcia.

Repercussão e Consequências

As influenciadoras, que acumulam mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e 13 milhões no TikTok, foram alvo de mais de 700 denúncias ao Ministério Público do Rio (MPRJ).

Na época, os perfis nas redes sociais chegaram a ser bloqueados. Ambas alegaram não ter “intenção de fazer qualquer referência à temáticas raciais ou à discriminação de minorias”.

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Além da acusação principal de racismo, Kérollen e Nancy foram investigadas por coação. A mãe de uma das crianças afirmou que recebeu uma oferta de dinheiro e cesta básica para não levar o caso adiante.

Desdobramentos

O julgamento deve esclarecer se as ações das influenciadoras configuram crime de injúria racial e se houve tentativa de coação. A expectativa é que o caso tenha um desfecho significativo, dado o impacto social das denúncias.

 

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