Éderson de Souza Gomes de Martins foi condenado a 58 anos e seis meses de prisão por matar sua ex-mulher. O crime ocorreu em 31 de agosto de 2023, no bairro de Carangola, em Petrópolis. O agressor enforcou a vítima na frente da filha de dois anos, após não aceitar o término do relacionamento.
A condenação foi proferida pela 1ª Vara Criminal de Petrópolis na terça-feira (01), após denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça.
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A promotora Isadora Fortuna, responsável pela sustentação oral, destacou a frieza do réu, que foi trabalhar normalmente após o crime. Ele deixou a filha ao lado do corpo da mãe, sendo a criança encontrada pela tia no dia seguinte, tentando mamar no peito da falecida.
Na sentença, o juiz enfatizou o sadismo do criminoso, que demonstrou total indiferença pela vida da vítima e pela segurança da filha. A decisão destacou que a morte de Estefânia deixou sua família despedaçada.
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A responsabilidade pela criação da pequena Emanuella recaiu sobre os parentes, que agora devem cuidar da criança que ainda espera a chegada da mãe. O tribunal observou que a mãe da menina fez todos os esforços para criá-la sozinha, enfrentando dificuldades para proporcionar uma vida melhor.
Os elementos do processo indicam que o réu agiu de forma fria e sádica. Sua conduta foi considerada profundamente censurável, uma vez que descumpriu medidas protetivas estabelecidas pela Lei Maria da Penha. Essas medidas estavam em vigor desde agosto de 2021 e o impediam de se aproximar da vítima.
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O acusado foi condenado por homicídio triplamente qualificado. A qualificação se deve ao fato de o crime ter sido cometido por motivo torpe e de forma cruel, além de ter sido praticado na presença da filha. O desrespeito a uma decisão judicial também foi um agravante na sentença.
Esse caso evidencia a gravidade da violência doméstica e suas consequências trágicas. O cumprimento das medidas protetivas e a proteção às vítimas são aspectos essenciais para evitar tragédias como essa. O compromisso da sociedade e das autoridades é fundamental na luta contra a violência de gênero e na promoção de um ambiente mais seguro para as mulheres.