*Por Adriana Diniz | Jornalista | Especial para o Folha do Leste*
Neste domingo, 1º de dezembro, a partir das 9h, mulheres do Brasil inteiro se unem para clamar pelo fim de violência de gênero no país e no mundo. Organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil, em parceria com a Comissão da Mulher da OAB de São Paulo, a 7ª Caminhada pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas ocorrerá simultaneamente em mais 65 cidades do Brasil, incluindo as principais capitais, além de Tokai (no Japão), Dublin (na Irlanda), Braga (Portugal). No sábado, a caminhada acontece em Milão, na Itália, segunda-feira em Estocolmo (Suécia) e na quarta, em Nova Iorque (EUA).
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No Rio de Janeiro, o ponto de encontro será na Avenida Atlântica, em Copacabana, altura do nº 1910 – entre as ruas República do Peru e Fernando Mendes. De lá, os manifestantes percorreram a via em uma manifestação pacífica, porém cheia de força e diversidade. Diversas ONGs e institutos estarão presentes no evento, que contará com orientação jurídica e oferecimento de grupo terapêutico no local, além da participação de promotoras, delegadas e outras.
O objetivo é mobilizar a sociedade, chamando atenção para a necessidade de ações concretas para combater todas as formas de violência contra mulheres e meninas. A caminhada promete ser um marco de união e solidariedade, mostrando que a luta pela equidade de gênero depende de todos.
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A violência de gênero é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma pandemia global, cujas estatísticas são alarmantes. Segundo relatório da instituição, mais de 81 mil mulheres foram assassinadas no mundo, em 2021, o que equivale a 5 mortes por hora. Desse total, 56% foram mortas pelos seus parceiros ou companheiros.
Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, ressalta que não é possível assistir passivamente os casos de violência contra as mulheres, pois é um problema de toda a sociedade e afirma que “nos engajamos fortemente nesta causa global, que diz respeito a todos nós, pois não podemos mais aceitar que uma mulher passe por uma situação de violência simplesmente pela sua condição de gênero. Por isso, já estamos na sétima edição da nossa caminhada anual que visa chamar a atenção da sociedade civil para que possamos lutar e erradicar toda forma de violência contra mulheres e meninas”.
“A cada hora, 48 meninas de 0 a 14 anos sofrem violência doméstica no Brasil, segundo o IPEA de 2022, uma menina ou mulher é estuprada a cada 10 minutos, três mulheres são vítimas de feminicídio por dia, 26 sofrem agressões por hora, segundo informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e 58,2% das vítimas de violência doméstica em 2022 são mulheres negras, sendo que, nos casos de homicídios de mulheres, 66,4% eram negras segundo o SUS em 2022. Precisamos dar um basta em todas as formas de violência contra as meninas e mulheres”, destaca Marilha Boldt, líder do Comitê de Combate à Violência contra Mulheres e Meninas do Grupo Mulheres do Brasil no Rio de Janeiro.
Marilha também é fundadora do Instituto Superação da Violência Doméstica (ISVD), que contará com um stand no prestando auxílio a vítimas durante o evento.
“É de passo em passo que vamos conseguir acabar com os casos de violência contra mulheres e meninas. Por isso, é muito importante a participação de todas as mulheres. Todo mundo já foi vítima de alguma forma ou conhece alguém próximo que foi. Precisamos de todo mundo caminhando”, convida Marilha.
As Inscrições são gratuitas, pelo site e dão direito a uma camiseta do evento.
Sobre o Mulheres do Brasil
Presidido pela empresária Luiza Helena Trajano, o grupo mulheres do Brasil conta atualmente com 129.083 participantes no Brasil e no exterior e conta com diversos projetos e ações que ajudam mulheres em todo o país.
“Queremos ser o maior grupo político suprapartidário do país”, afirma Trajano (SITE).
A caminhada, que em novembro percorreu cidades como Berlim (Alemanha), Londres (Inglaterra), Barcelona (Espanha), Boston, Flórida e Washington (EUA), também terá edições