Foto: Google Street View
Cinco funcionários da loja do McDonald’s em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, prestaram depoimento na 35ª DP (Campo Grande) nesta terça-feira (8), em relação a um caso de racismo ocorrido na madrugada do dia 31 de julho. A vítima é o estudante Mattheus da Silva Francisco, de 22 anos, que foi ofendido por Amanda Queiroz Ornela, que se apresentou como médica. No vídeo obtido pelo O DIA, Amanda declara “odeio preto” duas vezes, afirmando que “racismo não dá cadeia” e que ela não é “obrigada” a gostar de pessoas negras.
Polícia investiga crime de racismo em uma lanchonete de Campo Grande.
Crédito: Reprodução#ODia pic.twitter.com/YuygMHyROr— Jornal O Dia (@jornalodia) August 1, 2023
Segundo Mattheus, ele e seus amigos estavam na lanchonete e pararam ao lado de Amanda para fazerem o pedido de lanche, já que não havia fila. No entanto, ela se revoltou e começou a insultar o grupo, mencionando a cor da pele de Mattheus e afirmando que ele não conseguiria chegar a lugar algum devido à sua cor e ao local onde mora.
Amanda foi levada para a 35ª DP no dia do crime, onde prestou depoimento e foi liberada. No entanto, ela foi chamada novamente pela Polícia Civil para esclarecer seu registro como médica, já que seu nome não foi encontrado no Conselho Regional de Medicina (Cremerj). Em seu segundo depoimento, ela admitiu ter mentido sobre sua profissão, informando que trabalha como auxiliar administrativo em uma farmácia.
Além disso, Amanda também confessou ter mentido sobre ser casada com um miliciano, como afirmou no vídeo. Desta vez, alegou ter sentido medo de ser agredida. Ela alegou estar bêbada na ocasião das ofensas, afirmando ter passado o dia consumindo diferentes bebidas alcoólicas.
O caso está sendo investigado como injúria por preconceito e, se condenada, Amanda pode enfrentar uma pena de dois a cinco anos de prisão.
