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Nutricionista, mãe e médico presos por fraude em reembolsos de planos de saúde

Nutricionista, mãe e médico presos por fraude em reembolsos de planos de saúde | Divulgação/Polícia Civil

A polícia prendeu nesta sexta-feira (10) uma nutricionista, a mãe dela e um médico acusados de comandar uma fraude milionária em reembolsos de planos de saúde na Baixada Fluminense. O trio usava dados de pacientes para pedir devoluções de exames que nunca existiram.

A operação foi conduzida pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) e pela 52ª DP (Nova Iguaçu). Mais de 40 pessoas foram lesadas. Todas eram funcionárias de uma concessionária de energia e perderam o emprego após a descoberta do esquema.

Como o golpe funcionava

O grupo formado por Paula Carolina da Silva Morais, Márcia Cristina Teixeira da Silva e Luiz Victor dos Passos Fernandes agia de forma organizada. Márcia, mãe da nutricionista, coletava dados sensíveis dos pacientes, como login e senha de planos de saúde.

Durante as consultas, Paula registrava biometria facial e tirava fotos dos documentos das vítimas. Com essas informações, o trio criava contas digitais falsas em nome dos pacientes, mas controladas por eles.

Exames e notas forjadas

Luiz Victor, namorado da nutricionista, falsificava pedidos médicos e laudos de exames. Depois, os criminosos emitiam notas fiscais de um laboratório que já havia encerrado as atividades.

Com os documentos falsos, o grupo solicitava reembolsos à operadora Amil. Os valores, que chegavam a R$ 4 mil por vítima, eram depositados nas contas falsas e transferidos em seguida para contas controladas por Paula.

Consequências para as vítimas

As vítimas eram todas funcionárias da Light. Após o golpe vir à tona, a operadora comunicou a concessionária, que demitiu os envolvidos. “As consequências foram gravíssimas. Famílias inteiras perderam o sustento por causa do crime”, afirmou o MPRJ.

O órgão se baseou em dez inquéritos para formular a denúncia. Outros trinta seguem em andamento e podem gerar novas acusações.

Deslocamentos e novos alvos

A polícia descobriu que o grupo mudava o endereço do consultório com frequência para escapar das investigações. Eles também usavam perfis online restritos para marcar atendimentos.

Motoboys faziam entregas de kits com suplementos e substâncias controladas sem prescrição médica. O MPRJ identificou outros três médicos e um laboratório suspeitos de envolvimento. Eles podem responder por falsidade ideológica, associação criminosa, exercício ilegal da medicina, tráfico de drogas e fraudes bancárias.

Ações da Justiça

A 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu expediu mandados de prisão contra os três principais envolvidos. O MPRJ reforçou que a apuração segue e novas prisões não estão descartadas.

A operação demonstra o avanço das investigações sobre fraudes em saúde no estado. Casos semelhantes já vinham sendo monitorados por unidades do MP e pela Polícia Civil.

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