
Fluminense emociona e avança no Mundial com defesa sólida e história nas quartas | Marcelo Gonçalves/Fluminense
CHARLOTTE – A emoção tomou conta dos jogadores do Fluminense ainda antes do apito final da partida contra a Internazionale de Milão. No banco de reservas, Cano tinha os olhos vermelhos e não escondia que chorava. Martinelli, que fora substituído por sentir problemas musculares, não conseguia se conter e foi dos primeiros a abraçar Hércules quando o segundo gol foi marcado. Integrantes da comissão técnica se abraçavam, querendo acreditar no que viviam.
Como dizem os tricolores mais experientes, o Fluminense é para quem acredita. Só isso pode justificar que o time com o 21º investimento entre os 32 participantes da Copa do Mundo de Clubes (isso se os valores divulgados pelos árabes, africanos e asiáticos for real) já seja uma das oito melhores equipes do planeta futebol. Um time que, em quatro jogos até agora, passou três sem sofrer gols: Borussia Dortmund, Mamelodi e Inter de Milão.
Pode não parecer importante, mas no país em que o público grita enlouquecido “defense, defense”, nos jogos da NBA, a liga profissional masculina de basquete, se você tem “a certeza” de que não sofrerá gols, basta um instante de acerto e… Bem, o Fluminense juntou-se ao Palmeiras nas quartas-de-final. Dos quatro brasileiros, são os dois que estão vivos. Quase certamente contra seis europeus, apesar de o saudita Al Hilal e o mexicano Monterrey ainda estarem na luta.
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E um detalhe curioso: deem uma olhada naqueles emparelhamentos que as emissoras de televisão e os jornais exibem. O único cujo escudo não é uma bolinha (redondo, para falar de forma mais sóbria) é justamente o Fluminense. O time que ensinou o Rio de Janeiro a gostar de futebol. O time que recebeu, pela primeira vez, a seleção brasileira e de lá (Laranjeiras) iniciou sua trajetória vitoriosa. Como está fazendo agora, na primeira Copa do Mundo de Clubes.