A falta de luz em Jurujuba, Região Sul de Niterói, que durou cerca de quatro dias, estará no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel, em andamento na Câmara Municipal. O relator da comissão, vereador Andrigo (PDT) fez o anúncio.
Na última terça-feira (10), o parlamentar visitou o bairro para avaliar os impactos da falta de energia elétrica nas comunidades da região. O vereador demonstrou revolta com o serviço prestado pela Enel.
Essa prestação de serviço horrível que é oferecida à cidade de Niterói. Não adianta vir aqui para fazer paliativo. Aqui existiam três transformadores. Ou recoloca, ou não manda mais funcionário, que não vai resolver o problema”, enfatizou o relator da CPI.
Branco, que vive em Jurujuba e é representante da associação de moradores local, acompanhou a visita de Andrigo. Ele destacou que a qualidade da prestação de serviço só vem caindo ao longo dos últimos anos.
Já estou na associação há seis anos e nunca vi um desleixo tão grande com a comunidade. Todo mundo perdeu as coisas que estavam no freezer. A Enel não está nem aí para a comunidade”, reclamou.
Protesto
Moradores de Jurujuba, Zona Sul de Niterói, atearam fogo em entulho e fecharam uma das principais vias da região, na noite do último domingo (8). A população protestava contra a falta de luz na localidade.
O ato aconteceu, por volta das 18h45, na Avenida Carlos Ermelindo Marins, na altura do bar Malteca. A barricada montada pelos moradores interditou totalmente a via. Novos protestos aconteceram na segunda-feira (9).
Os manifestantes afirmavam que estavam sem energia elétrica desde o final da última semana, quando fortes tempestades começaram a atingir a cidade de Niterói. A Enel atribiu a causa do problema à queda de árvores pela cidade e afirmou que o serviço foi normalizado na própria segunda.
Prorrogação da CPI
O presidente da CPI da Enel, vereador Leonardo Giordano (PCdoB), pediu a prorrogação dos trabalhos por até 180 dias. De acordo com Giordano, a prorrogação dos trabalhos fará com que o relatório seja mais robusto além de ampliar a qualidade dos trabalhos da Comissão e explicou como serão os encaminhamentos.
Um pedaço do relatório vai para o Ministério Público, naquilo que fosse da sua competência. Outro vai para Câmara Municipal, para fazer leis na área de uso do solo, podas, etc. Outro pedaço do relatório vai para para a ANEEL e para o Governo Federal para fazer juntada de documentos no processo futuro de renovação ou interrupção da concessão, entre outras coisas”, afirmou Leonardo Giordano.