A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (24), em São Gonçalo, um falso agente da corporação que ”prestou serviço” de segurança, em ambos os turnos das últimas eleições, numa zona eleitoral da cidade. O criminoso é alvo da Operação Frank, deflagrada pela PF.
A investigação apontou que o bandido vem se passando por agente da Polícia Federal, não só em ambientes internos e privados, mas também em espaços públicos.
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Na eleição, um servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ), disse que o homem estava uniformizado e tinha uma suposta arma de fogo, além de distintivo.
O investigado também mantinha em seu celular fotos usando uniforme com emblemas da Polícia Federal, assim como colete tático, distintivo e suposta arma de fogo.
O agente se passava por policial federal em fotos – Foto: Divulgação/PF
O falso policial utilizava-se, ainda, de fotos tiradas em frente à Superintendência da PF no Rio de Janeiro para embasar sua história. Com o uso indevido dos símbolos da corporação, o criminoso conseguiu se apossar de dinheiro e até do veículo de uma vítima.
Pornografia infantil
As investigações revelaram ainda que o preso também cometeu armazenamento de conteúdo pornográfico infanto-juvenil. Os policiais encontraram, em seu aparelho celular, mídias contendo abuso sexual de crianças e adolescentes.
Camisas e itens falsos da PF – Foto: Divulgação/PF
Alvo antigo
O criminoso já havia sido alvo de uma ação da PF em agosto deste ano. Na ocasião, agentes apreenderam um aparelho celular, algemas, calça tática, coturno, colete tático com símbolo da corporação e a inscrição “Polícia Federal”.
Os policiais encontraram ainda duas camisas com símbolos da PF, coldres, um simulacro de arma de fogo, dois rádios comunicadores, além de outros acessórios que eram utilizados pelo preso.
Foto: Divulgação/PF
Inspiração em Leonardo DiCaprio
O nome da operação remete à história protagonizada por Leonardo DiCaprio no filme “Prenda-me Se For Capaz”, o qual retrata a trajetória de Frank Abagnale Jr.
O protagonista atua em várias profissões de forma fraudulenta, mas acaba sendo preso pelo agente do FBI, Carl Hanratty, que usa todos os meios que possui ao seu dispor para encontrar Frank e capturá-lo.
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Contra o bandido, os policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão. Ambos expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói.
O investigado responderá pelos crimes de falsificação do selo ou sinal público e armazenamento de conteúdo pornográfico infanto-juvenil. As penas máximas somam 10 anos de prisão.
