Internacional

Extrema direita ganha eleição em Valência, na Espanha

As eleições municipais na Espanha estão dando o que falar. Neste sábado (17), o partido de extrema direita Vox, em aliança com o conservador Partido Popular (PP), assumiu o poder em dez grandes cidades do país de forma inédita. Essa coalizão pode se repetir nas eleições gerais que estão marcadas para o próximo mês e que definirão o novo comando do país.

Toledo, que fica a apenas uma hora de trem de Madri, e Burgos, no norte do país, foram algumas das cidades que elegeram a maioria dos representantes locais na coalizão PP-Vox após as eleições regionais de 28 de maio. O triunfo da extrema direita foi um enorme revés para o governo socialista de Pedro Sánchez, que antecipou as eleições gerais para tentar unir as esquerdas e driblar meses de desgaste.

Em um comunicado que tem causado polêmica, o Vox informou que tentará abolir o que considera ser “conselhos ideológicos”, como os dedicados à igualdade, que “desperdiçaram” milhões de euros e “não resolveram problemas reais”. Essa iniciativa nos remete à dissolução de conselhos com representantes da sociedade civil durante o governo de Jair Bolsonaro no Brasil.

O PP, de direita, ganhou a maioria das eleições regionais, quando se disputaram os governos de 12 das 17 regiões autônomas espanholas, além dos municípios. Os conservadores, que governaram a Espanha mais recentemente de 2011 a 2018, ganharam seis regiões antes controladas pela esquerda, além de cidades importantes como Valência, a quarta maior do país. No entanto, precisou negociar com o Vox — que também ampliou sua presença no país — para formar maioria em diversos locais.

A situação é dramática e está levantando preocupações em todo o país. Resta saber como será o desenrolar dessa história e as consequências dessas mudanças políticas para a Espanha e o mundo.

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