Foto: Divulgação
Diversas personalidades participaram do seminário “Memória Popular: Histórias e personagens inesquecíveis das eleições no Rio”, promovido pelo TRE-RJ, na Biblioteca Nacional, para marcar um ano para as Eleições Municipais de 2024.
O evento buscou retratar o olhar da sociedade civil sobre as eleições e traçar um panorama dos pleitos no Rio de Janeiro, com foco em personagens emblemáticos e situações marcantes. Além disso, abordou a conquista do direito ao voto, a representatividade de grupos minorizados e o sufrágio como forma de protesto.
O presidente do TRE-RJ, desembargador João Ziraldo Maia, enfatizou a importância de lembrar a história das eleições e da democracia, assim como o compromisso com os diferentes atores sociais representados no evento.
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O jornalista e analista político Octavio Guedes defendeu o sistema eletrônico de votação, destacando as fraudes constatadas antes da adoção da urna eletrônica. Ele ressaltou a rapidez e confiabilidade da apuração atual, o que o deixou sem histórias interessantes para contar.
Os cientistas políticos Celso Rocha de Barros e Ricardo Ismael abordaram a política fluminense, o impacto do Rio na política nacional e a candidatura fictícia do Macaco Tião como forma de protesto. O ator e humorista Hélio de la Peña relembrou o fenômeno Macaco Tião, criado pelo antigo humorístico Casseta & Planeta.
Ricardo Ismael mencionou o alto índice de votos nulos nos últimos pleitos municipais no Rio e argumentou contra esse tipo de manifestação, destacando a importância do envolvimento social para promover mudanças políticas. Celso Rocha de Barros defendeu a obrigatoriedade do voto como forma de ouvir quem não gosta de política e combater o extremismo.
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A diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto, ressaltou o poder da mobilização social na conquista de mudanças políticas no país. Ela citou figuras importantes na luta da população negra pelo direito ao voto e ao direito de se candidatar.
O desembargador João Ziraldo Maia destacou a necessidade de cobrar os partidos políticos quanto à sub-representação de pessoas negras na política e informou que o Tribunal julga muitos processos de fraude à cota de gênero, com candidatas se tornando inelegíveis por falta de apoio dos partidos na prestação de contas de campanha.
O seminário foi promovido pela Coordenadoria de Comunicação Social (Cosoc) do TRE-RJ e pela Fundação Biblioteca Nacional, realizado no Auditório Machado de Assis, na Cinelândia. O evento foi mediado pelo coordenador de comunicação social do Tribunal, Stéfano Salles.
