Depois de mais uma vergonhosa atuação – vencer é uma coisa, jogar bem é outra –, será que não chegou a hora de o treinador da seleção brasileira repensar suas ideias e ideais? Exemplo: convocar, para a próxima data Fifa (novembro, quando enfrentaremos Venezuela e Uruguai), apenas jogadores que atuam no futebol brasileiro?
Pelo menos assim teríamos a certeza de que Paquetá não levaria um cartão amarelo inútil, ficando de fora do segundo jogo (aliás, substituído por alguém que joga aqui); nem que os jogadores do Real Madrid apareceriam, do nada, contundidos…
+ LEIA TAMBÉM: ►Ederson brilha em vitória do Brasil sobre o Chile
Weverton (Palmeiras), Fábio (Fluminense) e Léo Jardim (Vasco); Guilherme Arana (Atlético Mineiro), William (Cruzeiro), Ayrton Lucas (Flamengo) e Paulo Henrique (Vasco); Thiago Silva (Fluminense), Gil (Santos), Thiago Heleno (Athletico Paranaense), Léo Ortiz (Flamengo), Jemerson (Grêmio) e Fabrício Bruno (Flamengo); Gerson (Flamengo), Estevão (Palmeiras), Gustavo Scarpa (Atlético Mineiro), Luiz Henrique (Botafogo), Matheus Pereira (Cruzeiro); Pedro (Flamengo), Hulk (Atlético Mineiro), Igor Jesus (Botafogo), Lucas Moura (São Paulo) e Marinho (Fortaleza).
Não se preocupe em contar: a lista acima, apenas um exemplo do que foi citado no primeiro parágrafo, tem exatamente 23 nomes. Pode-se discordar de alguém, claro, mas o próprio treinador da seleção brasileira já tem chamado vários dos nomes aí de cima.
E se não fossem os “brasileiros” (as aspas são porque todos são nascidos aqui, mas os que citarei adiante jogam aqui) Igor Jesus e Luiz Henrique, teríamos saído de Santiago com uma derrota diante da fraquíssima seleção chilena. Precisa dizer mais alguma coisa?
+ MAIS NOTÍCIAS DE VICENTE DATTOLI? CLIQUE AQUI
Quando assumiu, em jogada política do presidente da CBF, Dorival Junior afirmou que seu principal objetivo era trazer a seleção “para perto do torcedor”. Ou mudou de ideia pelo caminho ou esqueceu o que disse.
Já chamou dezenas de jogadores, não montou uma base, fez vergonha na Copa América e… A seleção continua distante do torcedor. Mesmo quem acompanha o futebol tem dificuldades para justificar algumas convocações – ou melhor, por acompanhar, as dificuldades aumentam quando se veem alguns nomes.
+ LEIA TAMBÉM: ►Escolas de Niterói celebram Semana da Criança com atividades
Talvez o lema “o Brasil para brasileiros” possa levar a distorções, mas “o Brasil para jogadores que jogam no Brasil” não deixaria dúvida. E estou certo de que os “novos selecionados” renderiam muito mais do que esse bando que tem feito vergonha nos gramados com a camisa amarela com cinco estrelas.
E não venham falar em “herança maldita” de Fernando Diniz, por favor. No jogo contra o Chile, em algumas oportunidades vimos os jogadores saindo jogando exatamente como preconiza o ex-treinador-interino.
[…] + LEIA TAMBÉM: ►Está na hora de a seleção voltar a ser brasileira […]