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Escritora lança livro com poesias sobre maternidade no Rio

Escritora lança livro com poesias sobre maternidade no Rio

Foto: Divulgação

A poeta paraibana Marília Valengo lançará, na próxima terça-feira (19), o livro “Toda Família Tem Uma”, que investiga poeticamente a maternidade. O evento acontcerá na Janela Livraria, localizada no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro, às 19h.

O livro é composto por 20 poemas criados em um momento fundamental de reflexão vivido pela autora. Ela, durante meses experimentou, processos de um tratamento para gravidez, tendo que lidar com as questões práticas relacionadas aos exames médicos.

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A obra também aborda a lida de outras mulheres em relação ao tratamento, restrições de várias naturezas – desde alimentares até à libido -, e também a um grande exercício de esperança e entrega. Segundo a autora, a experiência parecia afunilar seu mundo, fazendo com que seus pensamentos e os assuntos que a cercavam se restringissem a esse período da vida.

De acordo com Marília, o processo lhe fez entender que não queria ser mãe daquela forma, o que fez com que compreendesse a maternidade do ponto de vista político e econômico.

“Por que eu quero tanto produzir vida? Será que estou associando que eu, enquanto sujeito mulher, só teria valor se fosse mãe?”, reflete a autora.

“Toda Família Tem Uma” ajudou Marília a desenhar a possibilidade de uma outra vida, da mulher que é agora. Segundo ela, o que mais a moveu na escrita dos poemas foi um certo espanto diante do desejo.

“Digo espanto porque eu me sentia um alien dentro de uma travessia em que todas as outras mulheres, e homens, pareciam estar cegas de vontade, de entrega, sem racionalizar nada. Sem considerar o investimento financeiro, por exemplo”, contou.

A poeta reforça que, durante o processo, conheceu pessoas que haviam vendido suas casas para lidar com os custos do tratamento. A obra foi concluída quando Marília percebeu que parte dos textos que compunha, naquele momento, apresentavam uma temática comum.

“Era como se os corpos naquele tipo de tratamento fossem corpos pela metade, incapazes de fazer o que foram criados para fazer. Tinha muito choro, muita culpa e inveja das outras mulheres ao meu redor que conseguiam, as amigas que engravidavam, os sobrinhos que apareciam”, complementou

 

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