Engenheiro procura amigo de viagem de Niterói há 19 anos

Aloisio em foto atual, com 41 anos de idade

Quem nunca teve um amigo de viagem? Aquela pessoa que a gente conhece longe de casa, mas nem mesmo a distância impede o desenvolvimento de uma grande amizade. O engenheiro e morador de Belo Horizonte/MG, Aloisio Garcia, hoje com 41 anos, tem uma história exatamente assim.

Em junho 2004, quando ainda cursava a faculdade e tinha 22 anos, acompanhou um colega de infância numa viagem a Salvador/BA. Colega este que havia marcado de conhecer uma garota, com quem vinha mantendo contato através de uma plataforma de bate papo virtual, na capital baiana.

“Como éramos muito próximos e nossas famílias se conheciam, sentiam confiança em fazermos essa viagem juntos. Eu nunca tinha ido à praia ou andado de avião, achei aquilo um máximo”, contou.

Foto de Aloisio, durante sua viagem a Salvador, em 2004

Aloisio se hospedou no Barra Turismo Hotel onde, num café da manhã, conheceu “Fabiano”, morador de Niterói/RJ e estudante de Turismo na universidade Estácio de Sá. Iniciava ali uma amizade que duraria dias, mas marcaria o jovem mineiro por quase duas décadas.

“Era um cara de alma boa. A gente começou a conversar muito e ir à praia juntos. Menos de uma semana depois, ele mudou para um hotel ao lado, mas a gente continuou tendo contato”, disse.

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Os poucos dias de amizade pareciam anos. Em pouco tempo, Aloisio e Fabiano desenvolveram uma parceria que o jovem engenheiro acreditava que seria para toda a vida.

Aloisio em foto atual, com 41 anos de idade

Todavia, tudo começou a mudar quando o mineiro recusou viajar com seu novo amigo a Morro de São Paulo, também na Bahia. Ele não achava justo deixar para trás o colega de infância.

“O Fabiano era sempre muito atencioso. Me arrependo de não ter dado importância a isso. Ele me convidou para ir a Morro de São Paulo, que é perto de Salvador, mas não fui”, lamentou.

O bilhete

O último encontro entre Aloisio e Fabiano deveria ter acontecido em 7 de junho de 2004. O niteroiense deixou um bilhete, na recepção do hotel onde o mineiro estava hospedado. Era um convite para ir a um famoso bar de Salvador, naquela noite.

“Um dia saí de tarde com meu colega de BH. Quando cheguei ao hotel havia o bilhete do Fabiano, nos convidando a ir a um bar muito famoso, chamado Bohemia. Me arrependo muito de não ter ido”, recordou.

Foto: O bilhete deixado por Fabiano a Aloisio

Na manhã seguinte, Aloisio foi ao hotel onde Fabiano estava, mas era tarde. Seu novo amigo já havia partido para Morro de São Paulo. Sem despedida ou oportunidade para trocar números de telefone.

“No dia seguinte, fui ao hotel dele, mas o Fabiano já tinha partido para Morro de São Paulo. Não tive mais notícias dele, não sei o sobrenome e não tiramos nenhuma foto. As poucas informações que tenho são das lembranças de nossas conversas”, prosseguiu.

A procura

O engenheiro lembrou que, em 2004, os hábitos eram diferentes de hoje. Não se trocava contatos de forma tão imediata, perguntava o sobrenome ou se fazia uma infinidade de fotos. É importante frisar que as câmeras digitais ainda engatinhavam e o equipamento que Aloisio possuía ainda era daqueles de filme.

“Apesar de ser 2004, já no século XXI, naquela época a gente não vivenciava essa dependência de rede social. Esse imediatismo de informações. Essa coisa de conhecer uma pessoa e já querer ver tudo da vida dela”

Foto de Aloisio, durante sua viagem a Salvador, em 2004

Mesmo tendo sido um contato tão breve e há 19 anos, os dias ao lado de Fabiano nunca foram esquecidos pelo engenheiro. Nos últimos anos, Aloisio iniciou uma busca por seu amigo, por meio das redes sociais. Contudo, sem saber seu sobrenome, não obteve sucesso.

“De uns 5 anos para cá, o Fabiano passou a vir demais à minha mente. À medida que a possibilidade de encontrar pessoas nas redes foi aumentando, comecei a procurá-lo, mas não o encontrei”, completou.

“Fabiano, cadê você?”

Se você é se chama Fabiano, estudou Turismo na universidade Estácio de Sá no ano de 2004, morava em Niterói nesta época e passou alguns dias em Salvador, entre junho e julho daquele ano, entre em contato com o WhatsApp da FOLHA DO LESTE: (21) 99623-4499. Se você não é o Fabiano, mas tem pistas que possam ajudar a achá-lo, entre em contato também.

Por Vítor d’Avila – especial para a FOLHA DO LESTE