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Encerramento da primeira turma do Território da Juventude em Niterói

Encerramento da primeira turma do Território da Juventude em Niterói | Divulgação/Luciana Carneiro/Prefeitura de Niterói

A Prefeitura de Niterói realizou, neste sábado (10), a cerimônia de encerramento da primeira turma do programa Território da Juventude, na Plataforma Urbana Digital Viradouro (PUD).

O projeto, parte do Pacto Niterói Contra a Violência, visa promover a transformação social por meio da cultura, cidadania e protagonismo juvenil no Complexo do Viradouro.

“Fico feliz com os resultados muito positivos desse programa importante voltado à juventude periférica que criamos dentro do Pacto Niterói Contra a Violência. Não há dúvida de que a oportunidade que esses jovens estão recebendo de aprender vários cursos, como informática, audiovisual, teatro, história e inglês, vai mudar a perspectiva de futuro deles. Começamos com 50 moradores do Viradouro, mas queremos avançar para oferecer oportunidade a jovens de outras áreas da cidade”, destacou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.

Formação e celebração comunitária

Durante o evento, 50 jovens receberam certificados após participarem de oficinas gratuitas. A celebração contou com a presença de familiares, moradores, lideranças locais e representantes da gestão pública.

Foi exibido um mini documentário produzido pelos próprios participantes, retratando histórias e vivências da comunidade.

“Nosso público-alvo são os jovens que não estudam e não trabalham. Temos resultados objetivos de jovens que voltaram para a escola e que começaram no mercado de trabalho formal. É muito importante e simbólico que o programa aconteça aqui no Viradouro, uma comunidade que recebeu intervenções urbanísticas importantes, saneamento básico, asfaltamento e alargamento das ruas, iluminação pública, a Plataforma Urbana Digital, nova quadra poliesportiva e campo de futebol society. Acredito que o programa tem tudo para ser uma referência para a cidade como um todo”, afirmou o secretário municipal de Assistência Social e Economia Solidária, Elton Teixeira.

Oficinas e atividades culturais

As oficinas de cinema, história e teatro focaram na valorização da identidade local e fortalecimento do sentimento de pertencimento.

Além da exibição do documentário, a programação incluiu apresentações culturais, jogos, oficinas interativas e DJs locais.

“A gente vê muitos avanços aqui no território da Viradouro, como a contenção das encostas, esse campo magnífico e a Plataforma Urbana Digital, um espaço elegante e acolhedor, de convivência, lazer, construção, de futuro e de diversão. Quero parabenizar todos os formandos. A gente sabe o quanto é bacana manter um programa vivo e vibrante dentro do território. É uma vitória. Vocês são o nosso futuro e estão no caminho certo”, disse a secretária Claudia Almeida.

Apoio financeiro e impacto social

Os participantes receberam um benefício de R$ 750 mensais por meio da Moeda Social Arariboia.

Esse apoio permitiu investimentos em educação continuada, cursos de capacitação e aquisição de recursos como computadores.

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O auxílio contribuiu para a autonomia juvenil e complementou a renda familiar.

“O Território da Juventude foi totalmente elaborado com a participação dos jovens do Viradouro. Esse é um diferencial importante, trazendo essa juventude para o protagonismo da política pública. Então, tem esse perfil fantástico, porque é o primeiro projeto elaborado junto com eles e o resultado tem sido superpositivo”, destacou a coordenadora do Pacto Niterói contra a Violência, Graça Raphael.

Censo comunitário e protagonismo juvenil

Com o auxílio financeiro, os jovens realizaram o primeiro censo da comunidade, orientados pelo programa.

O Território da Juventude, em parceria com o Instituto de Projetos Socioambientais e a PUD, fomenta o protagonismo juvenil e incentiva o exercício da cidadania com base em políticas públicas de prevenção à violência e inserção social.

“Gostei mais do teatro porque é um modo de me expressar mais, porque sou uma pessoa muito acanhada e o teatro é bom para se expressar. Acho que nem estaria falando nenhuma palavra aqui se não fosse pelo teatro. O projeto está ajudando muitas pessoas que, praticamente, estavam perdidas. Eu era uma delas porque só ficava dentro de casa. Isso me ajudou a socializar mais”, disse o jovem, que cursa o primeiro ano do Ensino Médio.

Depoimentos e perspectivas futuras

Eduardo Castro, de 17 anos, destacou sua identificação com a arte da interpretação após participar de aulas de teatro, audiovisual, inglês e história.

O programa também busca oportunidades em instituições que trabalham com a juventude para inserir os jovens no mercado de trabalho ou promover o retorno à escola, visando o desenvolvimento contínuo após o término do programa.

“A gente sabe que o jovem periférico tem um tempo mais demorado de evolução, seja de ascensão no mercado de trabalho, seja no movimento de estudo porque eles demoram a acessar as coisas e a ter as informações. É por isso que a gente trabalha na faixa de 15 a 29 anos para também aproveitar essa juventude que não teve essa primeira oportunidade quando eles tinham 15 ou 16 anos”, explicou o coordenador do programa Território da Juventude, Luan Marques.

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