O dólar encerrou esta quinta-feira (30) em queda de 0,26%, cotado a R$ 5,8532. Essa foi a nona sessão consecutiva de baixa, atingindo o menor patamar desde novembro. A moeda chegou a subir mais de 1% pela manhã, alcançando R$ 5,9339, mas perdeu força ao longo do dia. Em contrapartida, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de quase 3%.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a previsão de alta da Selic para 13,25% em março, sem indicar novos aumentos para maio, impulsionou a desvalorização do dólar. Investidores interpretaram o comunicado como brando no combate à inflação, reduzindo prêmios na curva de juros futuros.
O mercado reagiu positivamente às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a Petrobras e a política monetária. Lula elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e reforçou que o Banco Central seguirá conduzindo a política de juros sem interferência.
O cenário externo também contribuiu para o movimento. O Federal Reserve manteve os juros dos Estados Unidos estáveis, enquanto o Banco Central Europeu cortou taxas, favorecendo moedas emergentes. Com isso, os rendimentos dos Treasuries recuaram, reduzindo a pressão sobre o real.
Por fim, no mercado futuro, o dólar para fevereiro registrou leve alta de 0,02%, a R$ 5,8565. Em resumo, a formação da Ptax de fim de mês deve aumentar a volatilidade na sexta-feira (31), favorecendo agentes vendidos na moeda, que acumulou queda de 5,27% em janeiro.