Desfiles das escolas de samba começam nesta sexta-feira na Sapucaí | Divulgação/Riotur
Os desfiles das escolas de samba da Série Ouro começam nesta sexta-feira (28) na Marquês de Sapucaí. Oito agremiações disputarão uma vaga no Grupo Especial e tentarão evitar o rebaixamento para a Série Prata.
A primeira noite de apresentações inicia às 21h, com Botafogo Samba Clube, Arranco do Engenho de Dentro, Inocentes de Belford Roxo, Unidos da Ponte, Estácio de Sá, União de Maricá, Em Cima da Hora e União da Ilha do Governador cruzando a avenida.
História e tradição abrem a noite
O Botafogo Samba Clube estreia na Sapucaí com o enredo “Uma Gloriosa História em Preto e Branco”, celebrando a trajetória do Botafogo de Futebol e Regatas. O carnavalesco Alex de Souza destaca que o desfile será uma homenagem aos ídolos do clube e às conquistas de 2024.
“Nosso enredo começa desde a origem do nome Botafogo até a celebração dos dias atuais do time alvinegro”.
Na sequência, o Arranco do Engenho de Dentro apresenta “Mães que alimentam o sagrado”, abordando temas como ancestralidade, fé e a importância das mulheres. A carnavalesca Annik Salmon ressalta que o desfile será um grito de respeito às mães.
“O desfile todo é muito lindo e emocionante. Esse enredo fala de mim, fala das mulheres da escola, das mulheres e das mães do Brasil”.
Natureza e espiritualidade em destaque
A Inocentes de Belford Roxo reeditara o enredo “Ewe, a cura vem da floresta”, vencedor do Grupo de Acesso B em 2008. O tema trata da cura através das plantas e da preservação das florestas. O carnavalesco Cristiano Bara aposta na grandiosidade do cortejo de abertura.
“O destaque que a Inocentes irá apresentar no seu desfile é o grande cortejo na abertura, sete alas à frente do abre-alas para receber Ossain”.
Já a Unidos da Ponte trará reflexões sobre a relação dos seres humanos com o planeta no enredo “Antropoceno”. A escola abordará questões ambientais, como a degradação dos ecossistemas e as mudanças climáticas.
Homenagem às raízes brasileiras
A Estácio de Sá levará à Sapucaí o enredo “O Leão se engerou em encantado amazônico”, destacando o folclore e a cultura dos povos originários da Amazônia. O carnavalesco Marcus Paulo reforça que a escola trará uma mensagem de preservação do meio ambiente.
“A nossa mensagem maior é de proteção e preservação do meio ambiente, com muita alegria e samba no pé”.
A União de Maricá, por sua vez, prestará homenagem a Seu 7 da Lira, Exu Sete Encruzilhadas, no enredo “O cavalo de Santíssimo e a coroa do Seu 7”. O carnavalesco Leandro Vieira destaca que a proposta é valorizar a pluralidade religiosa do Brasil.
“Celebrar Exu como essa figura de festa, de vida, de caminho, eu acho que dá uma contribuição no sentido de ampliar conhecimentos coletivos”.
Encerramento com exaltação à cultura popular
A Em Cima da Hora trará o enredo “Ópera dos Terreiros – O Canto do Encanto da Alma Brasileira”, celebrando as tradições afro-brasileiras. O carnavalesco Rodrigo Almeida promete um desfile que une erudito e ancestralidade.
“O destaque da Em Cima da Hora é a fusão entre o erudito e o afro que será simplesmente grandiosa!”.
Fechando a primeira noite, a União da Ilha do Governador contará a história de Marietta Baderna, bailarina italiana que introduziu elementos da dança popular no teatro. “A União da Ilha vai desbravar a história dessa bailarina que fez tanto pelo povo carioca”, destaca a escola.
Escolas hors-concours após incêndio
Uma decisão da Liga RJ definiu que Império Serrano, Unidos de Bangu e Unidos da Ponte não serão julgadas no desfile deste ano. O motivo foi um incêndio na fábrica Maximus Confecções, que destruiu a maioria das fantasias dessas escolas. O Império Serrano perdeu 97% do material, enquanto Unidos de Bangu e Unidos da Ponte tiveram perdas de 60%.
Os horários dos desfiles permanecem conforme a programação oficial. As 13 demais escolas da Série Ouro serão avaliadas normalmente, e a campeã garantirá acesso ao Grupo Especial no Carnaval de 2026. A apuração acontece no dia 6 de março.
