Clube vence disputa jurídica e segue controlando a SAF; crise financeira da 777 pesou na decisão | Vasco da Gama
O Vasco da Gama seguirá no comando da própria SAF. A Justiça do Rio manteve, nesta quarta-feira (28), a liminar que suspendeu o contrato com a 777 Partners e devolveu o controle do futebol ao clube associativo.
A decisão partiu da 20ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio. Por unanimidade, os desembargadores acompanharam o voto do relator, Cesar Cury, que negou o recurso da 777. A empresa americana havia tentado retomar a gestão alegando nulidade na decisão anterior, bem como prejuízos aos compromissos financeiros firmados.
Apesar disso, prevaleceu a tese de que a 777 violou cláusulas contratuais de forma reiterada e atravessa uma grave crise financeira. Principalmente, que teriam reflexos diretos no desempenho e na segurança institucional do clube. Em resumo, a liminar concedida em maio de 2023, agora está respaldada em segunda instância.
A diretoria do Vasco, presidida por Pedrinho, reassumiu o controle da SAF desde então. A manutenção da medida reforça o poder da agremiação no futebol, assim como detém autonomia para tomar decisões estratégicas neste momento decisivo da temporada.
No recurso, a 777 alegou que a matéria deveria ser tratada por arbitragem e não pela Justiça comum. Além disso, também apontou a necessidade de honrar compromissos com investidores e de manter salários em dia. Todavia, os argumentos não convenceram o colegiado.
A disputa jurídica ganhou atenção nacional e pode abrir precedente sobre o modelo de venda de clubes a investidores estrangeiros. O caso do Vasco, diferentemente de outros times com SAFs no Brasil, mostra que a relação entre capital e gestão pode ruir sem transparência e solidez.
O processo tramita sob o número 0038070-47.2024.8.19.0000 e ainda pode ser alvo de novos recursos.
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