Estado do Rio de Janeiro

Deputada Lucinha é suspeita de envolvimento com milícia, diz MP e PF

Deputada Lucinha é suspeita de envolvimento com milícia, diz MP e PF

Foto: Divulgação

Deputada estadual Lucinha, do PSD, se encontrou 15 vezes com Domício Barbosa de Souza, vulgo Dom, ao longo de 2021, de acordo com a investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio (MPRJ).

A ligação próxima entre a deputada e os milicianos foi descoberta após a apreensão do celular de Rodrigo dos Santos, Latrell, em 2022. Mensagens supostamente trocadas entre Lucinha e Dom indicam que eles tinham uma relação próxima.

Deputada Lucinha é suspeita de envolvimento com milícia, diz MP e PF

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A assessora da deputada, Ariane de Afonso Lima, também se envolveu no esquema. Após a denúncia, a Justiça do Rio determinou o afastamento imediato de Lucinha das funções legislativas, proibindo-a de ter contato com certos agentes públicos e políticos, bem como proibindo sua entrada na casa legislativa.

A investigação narra cinco situações em que Lucinha teria beneficiado a organização paramilitar, tanto para favorecer seus interesses quanto para protegê-los de operações policiais. A primeira situação ocorreu em julho de 2021, quando a assessora informou a Dom sobre a presença do prefeito Eduardo Paes na Zona Oeste, permitindo que o miliciano retirasse sua tropa armada das ruas e evitasse a prisão de integrantes do grupo.

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O segundo caso aconteceu entre os dias 9 e 14 de setembro de 2021, quando Lucinha atuou para defender o esquema de vans ilegais na Zona Oeste. O terceiro episódio ocorreu entre setembro e novembro de 2021, quando a deputada forneceu informações sobre uma investigação de homicídio para sua assessora, que repassou os dados a Dom.

Em outro momento, Dom menciona o desejo de uma operação policial contra um grupo rival e pede a Lucinha para intervir junto ao presidente. Já em novembro de 2021, membros da milícia mencionam Lucinha em mensagens relacionadas a uma operação policial supostamente “comprada”.

O último episódio ocorreu entre novembro e dezembro de 2021, quando a deputada pediu trocas de comando em um batalhão da polícia após solicitações da organização.

A Justiça determinou o afastamento da deputada Lucinha e agora ela enfrenta acusações graves de favorecimento a uma organização criminosa. O caso levanta questões sobre a relação entre políticos e milicianos no estado do Rio de Janeiro e destaca a importância de investigações rigorosas para combater a corrupção e garantir a segurança da população.

 

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