A briga entre John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo, e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (11). Textor enviou sua resposta ao inquérito aberto após suas declarações sobre possível manipulação de resultados envolvendo árbitros, mas seus advogados contestaram a legalidade do pedido de apresentação de provas pelo STJD.
Como era esperado, Textor não apresentou os áudios e relatórios mencionados em suas declarações. O empresário insiste em disponibilizá-los apenas ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e em Brasília, alegando que o STJD não tem competência para investigar o caso.
A defesa de Textor argumenta que a exibição dos documentos ao tribunal esportivo seria ilegal. O documento afirma que o gestor do futebol alvinegro está reunindo as evidências e que, em até 30 dias, prestará esclarecimentos.
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Os advogados de Textor também argumentam que o STJD recusou a abertura de um inquérito anterior, quando Textor fez declarações semelhantes após a derrota do Botafogo no Brasileirão 2023. Na ocasião, ele enviou um relatório da empresa “Good Game!” sobre irregularidades, mas o documento foi arquivado pelo órgão.
Caso Textor não se pronunciasse até segunda-feira (11/3), ele corria o risco de ser denunciado com base no artigo 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em descumprimento de decisão. A pena poderia ser de até um ano de afastamento e multa de R$ 10 mil a R$ 100 mil.
A defesa de Textor finalizou a resposta solicitando que, caso o STJD o puna pela falta de evidências, o artigo 233 seja descaracterizado e o 220-A seja aplicado. Este artigo trata da falta de colaboração com os órgãos de Justiça Desportiva e prevê multa de R$ 10 mil a R$ 100 mil.
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