
Crime horrendo que chocou Itaboraí | Reprodução
Na Rua André da Conceição dos Santos, número 219, em Itaboraí, uma tragédia chocou a cidade. Cecília Matos Gonçalves, de apenas 6 anos, foi encontrada morta em um quarto trancado de sua própria casa.
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A mãe, Gisele Matos de Almeida Gonçalves, dormia na varanda com um cachorro enquanto a menina agonizava sozinha, sem água e comida.
Cenário de abandono e horror
O local onde o caso ocorreu carrega marcas de abandono. A escadaria que leva ao segundo andar dá acesso ao quarto onde Cecília foi encontrada. Luvas descartáveis, deixadas pelos peritos, ainda estão no portão da casa. Os vizinhos descrevem o ambiente como “sombrio” e relatam o comportamento estranho de Gisele após a morte da filha.
Uma vizinha revelou detalhes sobre as ações de Gisele.
“Ela tirou o colchão da cama e deixou o corpo da filha no estrado. Depois, colocou o colchão na varanda e passou a dormir com o cachorro. Andava com um pano no rosto por causa do cheiro”, relatou.
Vida marcada pela carência
Apesar das condições precárias da casa, Cecília era descrita como uma criança educada e carinhosa. Dentro da residência, havia apenas uma geladeira velha e um fogão.
“Ela parecia sempre tão limpinha. Nunca imaginamos que pudesse estar sofrendo assim”, lamentou outra vizinha.
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Os vizinhos também relataram a personalidade distante e fria de Gisele.
“Ela mal falava com a gente. Passava direto, não dava nem bom dia. Nem sabíamos que tinha cachorro. Descobrimos quando a polícia veio”, afirmou uma moradora.
A alegria que escondia o sofrimento
Cecília, mesmo vivendo em um ambiente adverso, demonstrava alegria fora de casa.
“Ela era carismática e parecia buscar carinho”, contou uma vizinha.
Na escola, a menina era discreta e pouco participativa, mas chamava atenção pela timidez ao lado da mãe e pela vivacidade longe dela.
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Em outubro do ano passado, um momento de felicidade foi registrado na creche que frequentava. Durante o evento “Mochila Maluca”, Cecília desfilou sorrindo, demonstrando alegria. Contudo, sua ausência em eventos escolares e a falta de participação da mãe eram notórias.
“Ela não foi à festa de formatura, e a mãe nunca aparecia”, relatou outra mãe.
Investigação em andamento
A Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) investiga a conduta de Gisele. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o sepultamento de Cecília. A comunidade aguarda respostas e busca entender como uma tragédia tão profunda aconteceu em meio à rotina de uma rua aparentemente comum.