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Cozinha Comunitária Carioca chega a 17 bairros do Rio

Cozinha Comunitária Carioca chega a 17 bairros do Rio

Foto: Divulgação

A comida é uma poderosa ferramenta de transformação. Além de alimentar o corpo e promover saúde, energia e bem-estar, ela também pode gerar oportunidades de trabalho e inclusão social. Um exemplo disso é o Cozinha Comunitária Carioca, que faz parte do programa Prato Feito Carioca, gerido pela Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (SMTE). Esse projeto mostra como o envolvimento da comunidade em torno da comida pode levar a uma melhor qualidade de vida para todos.

O Cozinha Comunitária Carioca oferece, de forma gratuita, 280 refeições balanceadas por dia, de segunda a sexta-feira. Cada refeição possui 560 gramas e é supervisionada por nutricionistas. Para ter acesso a essas refeições, é necessário estar inscrito no Cadastro Único da Assistência Social ou ser um trabalhador em situação de extrema pobreza. Os interessados podem se cadastrar no horário de entrega dos almoços, que ocorre das 11h às 13h.

Atualmente, o programa conta com 17 cozinhas comunitárias distribuídas em diversos bairros, como Maré, Realengo, Mangueira, Andaraí, Catumbi, Bento Ribeiro, Tanque, Costa Barros, Anchieta, Acari, Recreio dos Bandeirantes, Vila Kennedy, Guaratiba, Campo Grande, Vila Aliança, Nova Sepetiba e Ilha do Governador. A Secretaria de Trabalho e Renda é responsável pelo fornecimento de equipamentos e alimentos, e o investimento total, ao longo dos quatro anos de mandato do prefeito Eduardo Paes, será de aproximadamente R$ 60 milhões.

Diferentemente dos restaurantes populares localizados em áreas centrais de maior acesso, o Cozinha Comunitária Carioca busca ocupar espaços dentro das próprias comunidades, ampliando a inclusão social. Everton Gomes, secretário de Trabalho e Renda, destaca que o programa é democrático e leva o serviço diretamente para as comunidades carentes. Isso facilita o acesso à alimentação para aqueles que não têm condições de se deslocar para regiões mais distantes. Além disso, o programa atende não apenas adultos que estão em busca de trabalho, mas também idosos e crianças.

As equipes de cozinha são compostas por moradores das próprias comunidades, o que gera renda local e oportunidades de trabalho. Atualmente, há entre 3 e 4 cozinheiras e ajudantes de cozinha por Cozinha Comunitária, totalizando cerca de 52 empregos diretos. O salário médio é equivalente a um salário mínimo (R$ 1.320) e o horário de trabalho é de apenas três horas por dia, de segunda a sexta-feira.

Um exemplo de como o programa pode mudar vidas é a história de Roberta Freire da Silva, de 35 anos. Após perder uma criança e entrar em depressão, a renda da família, composta por ela e seu marido Douglas dos Santos de Azevedo, era de apenas R$ 500 provenientes do trabalho de Douglas no Programa Hortas Cariocas. No entanto, quando a Cozinha Comunitária foi implantada em sua comunidade, em Bento Ribeiro, Roberta começou a trabalhar na cozinha e sua vida mudou significativamente. Além de receber cinco refeições diárias, ela agora tem a oportunidade de sair com seus filhos e até sonha em comprar uma casa própria.

O programa também auxilia os beneficiários no encaminhamento para políticas públicas da SMTE. Os assistentes sociais do programa Prato Feito Carioca acompanham os beneficiários e, toda semana, são disponibilizadas cerca de mil vagas de emprego em empresas privadas parceiras da prefeitura. Essas oportunidades são oferecidas aos participantes das Cozinhas Comunitárias por meio de cadastro para participação em processos seletivos.
O número de 280 refeições diárias é limitado. Por isso, há uma fila de espera. A escolha é feita de acordo com a vulnerabilidade socioeconômica e alimentar do morador da comunidade. As pessoas são cadastradas após análise se estão no perfil do programa, e precisam ter renda per capita mensal de até R$ 105.

Programa Prato Feito

Um programa inovador está revolucionando a alimentação de milhares de pessoas. O Programa Prato Feito tem como estrela principal as refeições, que são cuidadosamente planejadas para garantir uma alimentação saudável e balanceada.

Diariamente, um cardápio é montado, com arroz, feijão, uma proteína, legumes cozidos e frutas de sobremesa. Tudo isso é avaliado por nutricionistas, que controlam de perto as quantidades de sal, açúcar e gordura presentes nas refeições.

Além de nutritivas, as refeições do programa também trazem uma sensação de afetividade. Marli Santos de Oliveira, beneficiária do programa, afirma que é possível perceber que a comida é preparada com dedicação e carinho. Ela conta sobre sua experiência anterior, em que não tinha uma alimentação adequada e sofria com problemas de saúde. Agora, com o programa Prato Feito, sua pressão está controlada e sua carga viral do HIV chegou a zero, permitindo que ela não precise mais dos medicamentos fornecidos pelo hospital.

Daniele da Silva também é uma das beneficiárias do programa e só tem elogios a fazer. Ela conta como a comida do programa é sua única garantia de alimentação diária para seus filhos. Além disso, ela destaca a qualidade e o sabor das refeições.

Outro destaque do programa é a Cozinha Comunitária de Catumbi, onde a família Matias comanda os fogões. A avó, a mãe e a filha preparam as refeições com muito carinho e se orgulham de poder ajudar as pessoas. Elas relatam casos de sucesso, como o de Emanuelle, que conseguiu terminar seus estudos e passou no vestibular após ser beneficiada pelo programa.

Mesmo enfrentando desafios, como filas e condições climáticas adversas, a família Matias não desiste de cozinhar para garantir a alimentação de todos os beneficiários. Elas também destacam a importância do programa na vida das pessoas, não apenas para matar a fome, mas também para oferecer assistencialismo e emprego.

O programa Prato Feito tem mostrado que é possível oferecer refeições nutritivas e saborosas para quem mais precisa. Com o compromisso de garantir uma alimentação adequada, ele tem transformado a vida de muitas pessoas e tem o apoio de toda a comunidade.

O sucesso das refeições nutritivas

As refeições oferecidas pelo Programa Prato Feito têm sido destaque. Com um cardápio diário composto por arroz, feijão, proteína, legumes cozidos e fruta de sobremesa, o programa garante pratos robustos e nutritivos. Além disso, a quantidade de sal, açúcar e gordura é controlada por nutricionistas do programa.

A afetividade também está presente nas refeições, como relata Marli Santos de Oliveira, beneficiária de 56 anos:

“Percebo que a comida foi feita com dedicação e carinho. Antes, chorava por não ter uma alimentação adequada, mas o problema foi resolvido. A comida é saborosa e saudável. Minha pressão era alta e agora está controlada. Na Cozinha Comunitária, temos tudo que precisamos: comida, amor e carinho. Não se encontra isso em qualquer lugar”.

Marli, que é portadora do vírus do HIV, obteve resultados positivos ao adotar a rotina baseada no almoço da Cozinha Comunitária Carioca de Acari, combinada com exercícios físicos praticados em uma ONG próxima. Sua carga viral chegou a zero, e ela não necessita mais dos medicamentos da farmácia do Hospital Federal dos Servidores do Estado.

Outra beneficiária satisfeita é Daniele da Silva, de 39 anos, que retira seis refeições diariamente na Cozinha Comunitária da Ilha do Governador. Ela, o marido, quatro filhos e um neto contam com o almoço fornecido pelo programa:

“É a garantia de que meus filhos terão o que comer no dia. Além disso, a comida é deliciosa, bem temperada e inclui frutas. Não tenho motivos para reclamar”.

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A família Matias, responsável pela Cozinha Comunitária de Catumbi, também faz parte desse projeto de sucesso. Composta por avó, mãe e filha, a família considera a mudança para a cozinha uma oportunidade de ajudar as pessoas da região. Elas destacam que o programa não se trata apenas de matar a fome, mas também de fornecer assistência social e emprego. Um exemplo é a beneficiária Emanuelle, que conseguiu economizar com as refeições fornecidas e colocou internet em casa. Ela e sua filha passaram no vestibular da UERJ.

Apesar do sucesso, a família Matias assumiu a responsabilidade de atender mais 40 pessoas que não possuem documentos ou não foram aprovadas na análise da assistência social. Elas custeiam as refeições com recursos próprios.

No início, as filas eram um problema, especialmente para idosos e mães com crianças no colo. No entanto, a família Matias estabeleceu um acordo com a prefeitura para iniciar as refeições mais cedo, evitando filas grandes.

Flávia e Flávia Cristina, integrantes da família Matias, decidiram estudar serviço social após ingressarem na cozinha comunitária. Elas destacam a importância e a satisfação de ajudar as pessoas.

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