Se vai dar certo, só poderemos saber depois da meia-noite – ou, para ser mais preciso, quando o pessoal começar a voltar para casa, depois dos fogos e dos shows. Copacabana, esperando mais de 2 milhões de pessoas no réveillon, decidiu de novo adotar um esquema de segurança semelhante, por exemplo, à Nova Iorque: ruas de acesso à Avenida Atlântica bloqueadas, com “entrada” e “saída”, pelo menos até a hora da virada.
Na altura do Posto 6, por exemplo, a Sá Ferreira é uma “porta de entrada”. Seguindo em direção à Princesa Isabel (entrada do bairro através do Túnel Novo), Almirante Gonçalves e Djalma Ulrich são “portas de saída”. Depois, a famosa Miguel Lemos, da banda de carnaval, também dá acesso à praia. E vai assim, uma “entrando” e duas “saindo”. Tudo para poder realizar um controle efetivo de segurança e prevenir problemas.
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Claro que, após a queima de fogos, todas as ruas passarão a ser de “saída” – e aí sim teremos o grande teste do sistema de segurança. Não custa lembrar que, na virada de 2022 para 2023, muitos problemas ocorreram quando as pessoas deixavam a praia retornando para suas casas. No ano passado, quando pela primeira vez foi adotado o esquema de contenção, antes mesmo da virada mais de 100 das chamadas armas brancas foram apreendidas.
Além da questão da segurança, o que todos esperam é que não aconteça o mico do ano passado, quando a queima de fogos, de 12 minutos, teve seu brilho empanado pela excessiva fumaça que tomou conta dos céus de Copacabana. Na ocasião, os responsáveis pelo espetáculo pirotécnico disseram que a causa da fumaceira foi a excessiva umidade do ar (95%, segundo declarações), que acabou criando todo o problema.