O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, apresentou na última quarta-feira (3) o plano de implantação da TV 3.0 no Brasil, a nova geração da TV digital para canais abertos e por assinatura. Previsto para ser implementado em 2025, o sistema trará melhorias de imagem e som, além de maior interatividade com o espectador.
Com a TV 3.0, as TVs terão um salto de resolução, do Full HD (1.920 x 1.080 pixels) para 4K (3.840 x 2.160 pixels) ou até 8K (7.680 x 4.320 pixels). Além da maior definição de imagem, a nova tecnologia oferecerá melhor nitidez, contraste e cores, com suporte à tecnologia HDR (High Dynamic Range).
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A interatividade será um dos principais diferenciais da TV 3.0. Para isso, as TVs precisarão estar conectadas à internet. As opções de interação dependerão do provedor de conteúdo, mas algumas possibilidades incluem:
- Responder enquetes;
- Escolher entre diferentes câmeras em um reality show ou jogo de futebol;
- Realizar compras online dos itens apresentados na tela;
- Acessar serviços e políticas públicas, como programas de saúde e educação;
- Personalizar os temas e as propagandas disponíveis nos canais.
O Ministério das Comunicações também prevê a integração da TV com aplicativos, permitindo uma navegação mais interativa e acesso a conteúdos sob demanda, como séries, jogos e programas.
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A migração para a TV 3.0 será gradativa, começando pelas grandes cidades. O governo ainda definirá qual modelo será adotado (japonês, americano ou uma mescla com o europeu) até 31 de dezembro de 2024. A meta é que o presidente Lula assine um decreto para que as emissoras se adequem ao cronograma de implantação a tempo da Copa do Mundo de 2026.
O acesso à TV 3.0 será gratuito, mas os telespectadores precisarão de um conversor para receber o sinal do novo padrão, até que as TVs disponíveis no mercado estejam prontas para recebê-lo. O governo ainda não definiu se oferecerá conversores gratuitos para famílias de baixa renda, como na migração da TV analógica para a digital.
Um dos desafios para a implementação da TV 3.0 é o acesso à internet. De acordo com o IBGE, 6,4 milhões de casas no Brasil não têm acesso à rede. Outro desafio é o custo dos conversores e das novas TVs, que podem ser inacessíveis para parte da população.