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Congresso adia votação de veto de Lula sobre “saidinhas” de presos

Congresso adia votação de veto de Lula sobre "saidinhas" de presos

Congresso adia votação de veto de Lula sobre “saidinhas” de presos | Reprodução

As lideranças do governo e da oposição fecharam um acordo nesta quinta-feira (9) a fim de adiar para o dia 28 de maio a votação dos vetos à Lei de Segurança Nacional, feito ainda em 2021 durante o governo Jair Bolsonaro, e o veto parcial ao projeto que restringe a saída temporária de presos, conhecido como saidinha.

Em sessão conjunta da Câmara e do Senado, os parlamentares analisariam 32 vetos presidenciais. Porém, ficou acordado que haveria o adiamento de uma série deles. Dentre os quais, os que se referem às leis orgânicas dos policiais civis e dos policiais militares e bombeiros.

Os parlamentares também acordaram o adiamento dos vetos, totais ou parciais, às leis do despacho gratuito de bagagem. Igualmente, os que tratam das matérias de autocontrole agropecuário, da flexibilização do controle de agrotóxicos e, também, a diversos trechos vetados na Lei Geral do Esporte.

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Um acordo entre governo e oposição permitiu o adiamento da análise desses e outros vetos. Sobretudo, para o adiamento dos vetos ao projeto das saidinhas e à Lei de Defesa da Democracia, que revogou a Lei de Segurança Nacional da época da ditadura.

“Nós concordamos com o adiamento de um veto que vem de 2021. Ou seja, nós estamos, há quatro anos, sob a apreciação desse veto – há quatro anos – e apreciarmos um veto, como, por exemplo, o da saída temporária, que nem trancando a pauta está”, sustentou o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

Depois de muito debate, o líder da minoria no Congresso, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) aceitou o adiamento dos vetos.

“Esse veto à lei de segurança nacional é tão ou mais importante que o veto das saidinhas. A minha preocupação é que a maioria dos parlamentares não tenha a real dimensão dos impactos desses vetos na vida real, em especial no mundo rural. Óbvio que não gostaria, mas serei obrigado a aceitar esse acordo”, destacou.

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Em setembro de 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro vetou cinco dispositivos do projeto que revogou a antiga lei de segurança nacional, criada em 1983, instituindo a nova Lei 14.197, chamada de Lei de Defesa do Estado Democrático.

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Bolsonaro vetou artigo que previa punição para atos de “comunicação enganosa em massa”. Tal qual vetou a punição para quem impedisse “o livre e pacífico exercício de manifestação”. Além disso, vetou o aumento de penas para crimes contra o Estado Democrático, incluindo aumento de pena para militares que atentassem contra a democracia.

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Ao aceitar adiar a análise desse veto, o governo conquistou o adiamento da análise do veto parcial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto que restringe as saídas temporárias de presos.

Lula vetou o trecho que impedia a saída temporária para presos do regime semiaberto condenados por crimes não violentos visitarem suas famílias. Todavia, manteve a proibição da chamada saidinha para condenados por crimes hediondos e violentos, como estupro e homicídio

O Congresso adiou, ainda a análises dos vetos, parciais ou totais, aos projetos que tratam das seguintes matérias:

  • Licitações e contratos administrativos;
  • Isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) no trânsito de produtos diferentes de uma mesma empresa;
  • Regularização funcionária da região amazônica.
Cerca de 30% dos projetos urgentes do Congresso estão parados

Congresso adia votação de veto de Lula sobre “saidinhas” de presos |Antônio Cruz – Agência Brasil

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