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Confusão em Sessão da Câmara de Niterói repercute na Alerj: “transfobia”

Confusão em Sessão da Câmara de Niterói repercute na Alerj: "transfobia"

Dani Balbi e Flávio Serafini – Foto: Arquivo/Alerj

Deputados estaduais, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), repercutiram, nesta quarta-feira (20), o tumulto, envolvendo a vereadora Benny Briolly (Psol), na Câmara Municipal de Niterói, na última terça-feira (19).

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Parlamentares alinhados ideologicamente com a vereadora manifestaram apoio à psolista. A deputada Dani Balbi que, assim como Briolly, é uma mulher transexual, afirmou que houve crime de transfobia.

 

“A vereadora, uma mulher negra e transexual, foi atacada no exercício do seu mandato, por apoiadores de um vereador de oposição que, com o dedo em riste, cometeram uma série de arbitrariedades. Crimes ao pleno exercício do mandato parlamentar, inclusive desrespeitando sua identidade de gênero”, disse.

Confusão em Sessão da Câmara de Niterói repercute na Alerj: "transfobia"

Dani Monteiro Foto: Rafael Wallace/Alerj

O motivo do tumulto teria sido as vestimentas usadas por Benny Briolly. A deputada Dani Monteiro (PSol), disse que este tipo de violência é comum em casas legislativas pelo Brasil.

“Benny tem uma contribuição ímpar para Niterói e todo o estado. A violência que ela sofreu ontem, é comum nas casas legislativas. Ela é uma mulher reconhecida pela luta em prol dos direitos humanos, de pessoas LGBTQIA+ e no combate à intolerância religiosa”, afirmou.

Já o deputado Flávio Serafini (PSol), acusou os opositores de Briolly de estarem a usando como “escada”.

“Minha total solidariedade à vereadora Benny por essa situação de transfobia que ela foi obrigada a passar ontem. Se eles querem modificar as vestimentas dos homens [na Câmara Municipal], que façam esse debate, mas que não utilizem uma mulher transexual e negra como escada”, disse.

Entenda o caso

Na semana passada, dia 14, o cidadão Antônio Carlos de Almeida Souza, protocolou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara contra a vereadora Benny Briolly. O motivo: a roupa utilizada pela parlamentar na Sessão do dia 13/9.

A princípio, de acordo com as informações apuradas pela nossa reportagem, Antônio Carlos estaria na galeria do plenário. Lá, a equipe de Benny realizava filmagens da Sessão. O cidadão teria entendido que a equipe da parlamentar estaria lhe filmando, reagindo em contrário. Isso, gerou a reação da vereadora, que partiu em direção à galeria, tendo de ser contida por seguranças e colegas parlamentares para que a confusão não chegasse às vias de fato.

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Segundo Benny Briolly, o regimento interno da Câmara Municipal de Niterói não aponta nenhum tipo de vestimenta aos parlamentares. Ela afirma que a sessão plenária de ontem chegou a ser encerrada após o que considerou como “hostilização”, em atos recorrentes de ameaças e agressões. Todavia, disse que, ontem, os “atos misóginos foram além”.

“Fui impedida ontem de sair, pois alguns homens tentaram me agredir. A sessão teve até que ser encerrada, tudo isso porque a Comissão de Ética da Casa recebeu uma denúncia falando da minha roupa. Eles querem proibir este corpo de estar atuando aqui dentro e para isso tentam me linchar. Mas não vamos desistir. Este corpo aqui fala e grita por um projeto de sociedade que é pela vida das mulheres”, desabafa Benny Briolly, que foi hostilizada e agredida verbalmente por apoiadores de vereadores bolsonaristas incentivados por um protesto contra a roupa dela usada no plenário”, declarou.

 

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