A Suíça sediará uma conferência sobre a paz na Ucrânia nos dias 15 e 16 de junho, em Bürgenstock, próximo a Lucerna. O evento, que reunirá mais de cem países, não terá a participação da Rússia, que já recusou o convite.
“É o primeiro passo de um processo para uma paz duradoura”, disse a presidente suíça, Viola Amherd, em coletiva de imprensa em Berna nesta quarta-feira (10). “Não vamos assinar um plano de paz nesta conferência”, afirmou, ressaltando que a intenção é iniciar um diálogo construtivo.
O ministro das Relações Exteriores da Suíça, Ignazio Cassis, reforçou que a Rússia não participará da primeira conferência, mas que sua presença é fundamental para o sucesso do processo.
“Um processo de paz não pode ser realizado sem a Rússia ou sem a participação de todas as partes do conflito”, disse ele.
Cassis sugere que a primeira conferência sirva para definir a melhor forma de convidar a Rússia para a próxima etapa do processo.
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Os Estados Unidos confirmaram sua participação na conferência e, segundo a imprensa suíça, o presidente norte-americano, Joe Biden, estará presente.
A iniciativa da Suíça busca abrir caminho para negociações que levem ao fim da guerra na Ucrânia, que já dura mais de três meses e causou milhares de mortes e milhões de refugiados.
Ainda não há detalhes sobre a agenda da conferência, mas espera-se que os participantes discutam temas como um cessar-fogo duradouro, a retirada das tropas russas da Ucrânia e a reconstrução do país.