Reprodução Rede Social

O Centro de Niterói registrou mais um caso de arrombamento de loja comercial, durante a madrugada desta sexta-feira (19). Agora, a vítima se trata da EvoBike Bistrô, na Avenida Marquês do Paraná, 220.

Segundo testemunhas, a loja amanheceu arrombada. A ação aconteceu por volta das 4h da manhã, conforme mostram as imagens de câmeras de segurança (VÍDEO NO FINAL DA REPORTAGEM). O local combina ciclismo, e gastronomia, oferecendo serviços especializados em bicicletas e uma variedade de acessórios para ciclistas de todos os níveis.

A princípio, os criminosos furtaram três bicicletas de luxo. Tratam-se de modelos exclusivos, de fácil identificação. Entretanto, informações preliminares dão conta de que já houve a recuperação de uma delas. Duas, no entanto, seguem em desaparecidas.  Ainda não há informações sobre prisões ou detidos.

De acordo com o advogado Heraldo Fonseca da Silveira, a aquisição das bicicletas por terceiros pode configurar crime de receptação, de acordo com o artigo 180 do Código Penal. Ele ressalta que o crime consiste em adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime. Igualmente, comete receptação quem influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. Em certos casos, a boa-fé se exclui. O advogado explica:

“Quem adquire ou recebe um produto que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir que ela foi obtida por meio criminoso. Nesse caso, não há que se falar em boa-fé. Partindo do pressuposto que ninguém compra um produto sem motivação ou intenção, presume-se que a pessoa saiba qual é o valor real da mercadoria. Assim sendo, havendo discrepância, não se pode falar que a pessoa comprou de boa-fé. A mesma regra se aplica pela condição de quem a oferece. Quem compra um produto dessa natureza de uma pessoa em situação de rua ou dependente química, por exemplo, não age de boa-fé, e comete receptação”, afirma.

Crimes viram rotina

Moradores da Rua Marquês de Olinda, que fica próximo ao local, relataram ao FOLHA DO LESTE que as ações de violência na região estão se intensificando. Citaram, por exemplo, a ocorrência do roubo de um veículo, ocorrido em dezembro. Outro caso citado se refere a duas tentativas de invasão à domicílio. Porém, o criminoso não logrou êxito em sua investida por não ter conseguido pular o muro da casa.

Em outubro do ano passado, noticiamos o arrombamento, pela terceira vez em um curto espaço de tempo, de uma loja de materiais de construção, defronte à Delegacia de Polícia de Icaraí. No mesmo mês, relatamos o caso de uma lanchonete, em frente ao Colégio Salesiano, no bairro de Santa Rosa, arrombada pela terceira vez, durante a madrugada.

Já em novembro, no mesmo bairro, contamos a história de uma casa, furtada por várias vezes consecutivas. Apesar de a polícia ter prendido os bandidos e a Justiça do Rio de Janeiro, em duas instâncias tê-los prendido preventivamente, o Superior Tribunal de Justiça determinou a soltura dos criminosos, em dezembro.

Outro caso aconteceu, no mesmo bairro, também em novembro, em uma lanchonete, em frente ao Colégio Salesiano, arrombada durante a madrugada.

Pessoas em situação de rua

Muitos dos crimes desta natureza têm sido atribuídos à pessoas em situação de rua. Principalmente, a dependentes químicos. Segundo o Segurança Presente Niterói, metade das pessoas nesta situação, na cidade, possui anotações criminais.

O FOLHA DO LESTE está em contato com as autoridades e órgãos de segurança pública, apurando detalhes relativos ao Registro da Ocorrência. Assim que recebermos as respostas, esta reportagem terá atualização.

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